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Covid: Média de casos volta a ficar abaixo de 20 mil após mais de 3 meses

Brasil já registrou mais de 661 mil mortes causadas pela covid-19 - Jose Antonio/Anadolu Agency via Getty Images
Brasil já registrou mais de 661 mil mortes causadas pela covid-19 Imagem: Jose Antonio/Anadolu Agency via Getty Images

Mariana Durães, Hygino Vasconcellos e Ricardo Espina

Do UOL e Colaboração para o UOL, em Balneário Camboriú (SC) e em São Paulo

14/04/2022 18h45

A média móvel de casos conhecidos de covid-19 ficou em 19.294 hoje. Essa é a primeira vez que o indicador fica abaixo de 20 mil em mais de três meses, quando em 6 de janeiro deste ano marcou 17.100. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.

Já a média móvel de mortes causadas pela covid-19 ficou em 117.

A média móvel é considerada por especialistas como a maneira mais confiável para acompanhar o avanço ou o retrocesso da pandemia. O indicador é calculado a partir da média de mortes, ou de casos, dos últimos sete dias.

Nas últimas 24 horas foram 145 mortes pela doença no país. Desde o início da pandemia, foram 661.855 óbitos em decorrência da doença causada pelo coronavírus no Brasil.

Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Paraíba, Piauí, Rondônia, Roraima e Sergipe não registraram mortes hoje. O Amapá, o Rio de Janeiro e o Tocantins não atualizaram os dados de óbitos e casos.

Pelo 49º dia seguido, a média móvel de mortes por covid-19 no país apresentou tendência de queda (-43%). Quatro das cinco regiões do país acompanham o cenário nacional de redução do indicador: Centro-Oeste (-26%), Norte (-30%), Sudeste (-46%) e Sul (-38%). Já o Nordeste (-10%) registrou estabilidade.

A tendência de queda é verificada em 15 estados. Já quatro registram estabilidade e quatro estados e o Distrito Federal têm aceleração.

Nesta quinta-feira (13), foram 20.167 novos casos conhecidos. Desde o início da pandemia, o Brasil acumula 30.229.443 testes positivos.

A média móvel de casos conhecidos está há 25 dias em tendência de redução. Hoje ficou -21% menor na comparação com 14 dias atrás. O mesmo cenário é registrado em 16 estados. Outros nove têm estabilidade, enquanto o Distrito Federal (63%) e Acre (1258%), aceleração.

Este cálculo compara a média móvel de hoje com a de 14 dias atrás. Se o valor ficar acima de 15%, indica tendência de alta; abaixo de -15%, queda; entre 15% e -15%, significa estabilidade.

Veja a situação da média móvel de mortes por estado e no DF:

Região Sudeste

  • Espírito Santo: alta (22%)
  • Minas Gerais: queda (-40%)
  • Rio de Janeiro: não divulgou dados hoje
  • São Paulo: queda (-61%)

Região Norte

  • Acre: estabilidade (0%)
  • Amazonas: queda (-60%)
  • Amapá: não divulgou dados hoje
  • Pará: estabilidade (3%)
  • Rondônia: queda (-73%)
  • Roraima: estabilidade (0%)
  • Tocantins: não divulgou dados

Região Nordeste

  • Alagoas: queda (-25%)
  • Bahia: queda (-21%)
  • Ceará: queda (-55%)
  • Maranhão: queda (-67%)
  • Paraíba: queda (-100%)
  • Pernambuco: queda (-27%)
  • Piauí: queda (-67%)
  • Rio Grande do Norte: alta (20%)
  • Sergipe: queda (-36%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: alta (40%)
  • Goiás: estabilidade (-15%)
  • Mato Grosso: queda (-53%)
  • Mato Grosso do Sul: queda (-76%)

Região Sul

  • Paraná: alta (24%)
  • Rio Grande do Sul: queda (-48%)
  • Santa Catarina: alta (24%)

Dados do governo

O Brasil reportou 140 novas mortes provocadas pela covid-19 nas últimas 24 horas, como indicou o boletim divulgado hoje (14) pelo Ministério da Saúde. Desde o começo da pandemia, a doença causou 661.796 óbitos em todo o território nacional.

Pelos números da pasta, houve 23.171 diagnósticos positivos para a covid-19 no Brasil entre ontem e hoje, elevando o total de infectados para 30.234.024 desde março de 2020.

Segundo o governo federal, houve 29.191.158 casos recuperados da doença até agora no país, com outros 381.070 em acompanhamento.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.