Mais da metade das mortes de bebês no Brasil são evitáveis, segundo estudo
Dados do Observatório de Saúde da Infância, com pesquisadores da Fiocruz e da Unifase (Centro Universitário Arthur de Sá Earp Neto), apontam que 55% das mortes de bebês no Brasil seriam evitáveis com medidas básicas de cuidados de saúde.
Por bebê se compreende crianças de até um ano de idade.
A média de mortes dos últimos três anos no país ficou em 22 mil por ano, número muito acima da média de países desenvolvidos, onde a média é de duas mortes por mil nascimentos. Aqui, a média é de quase 12 (11,87) para cada mil nascimentos.
Para chegar aos 55%, os pesquisadores somaram alguns indicadores, com base em números do governo federal. A conclusão foi que 40% das mortes seriam evitáveis com um pré-natal adequado, onde muitos problemas poderiam ser rapidamente diagnosticados e tratados.
No entanto, dados do SUS (Sistema Único de Saúde) mostram que, no ano passado, 65% dos municípios do país não cumpriram as metas para um pré-natal adequado.
Além disso, 15% das mortes também poderiam não acontecer se medidas básicas fossem adotadas e universalizadas. Essas medidas iriam desde acesso à alimentação adequada, melhor diagnóstico e tratamento para diarreia e pneumonia e ampliação da cobertura vacinal infantil, sendo que muitas delas começam ainda no primeiro ano de vida, quando o sistema imunológico ainda é bastante frágil.
Quanto ao último fator mencionado, nos últimos anos, as taxas de vacinação infantil não estão atingindo os índices considerados satisfatórios. É considerado ideal quando a cobertura está próxima dos 90%, mas, no ano passado, ficou em apenas 60,7%, segundo o próprio Ministério da Saúde.
Casos de sarampo, por exemplo, estão voltando a acontecer, e as autoridades internacionais emitiram um alerta sobre a possibilidade de surto da doença.
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