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Covid: Com 221 mortes, média móvel volta a registrar alta e chega a 119

Média móvel de mortes voltou a crescer após 14 dias  - Luis Alvarenga/Getty Images
Média móvel de mortes voltou a crescer após 14 dias Imagem: Luis Alvarenga/Getty Images

Mariana Durães, Hygino Vasconcellos e Ricardo Espina

Do UOL e Colaboração para o UOL, em Balneário Camboriú (SC) e em São Paulo

17/05/2022 20h02Atualizada em 17/05/2022 20h53

Com o registro de 221 óbitos provocados pela covid-19 em 24 horas no Brasil, a média móvel de mortes pela doença subiu para 119, primeira alta em duas semanas. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.

A média móvel de mortes teve variação de 28% em relação a 14 dias atrás. Se o valor ficar acima de 15%, como hoje, indica tendência de alta. Quando está abaixo de -15%, queda; entre 15% e -15%, significa estabilidade. O índice é considerado por especialistas a maneira mais confiável para acompanhar o avanço ou o retrocesso da pandemia.

Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Paraíba, Roraima e Tocantins não registraram óbitos atribuídos à covid hoje. Em Rondônia, uma revisão de dados do município de Parecis fez com que o número de mortes ficasse em -1, conforme explicou a Secretaria de Saúde. Desde o início da pandemia, foram 665.277 vidas perdidas no país em decorrência da doença causada pelo coronavírus.

Apenas o Centro-Oeste apresenta tendência de estabilidade, com variação de -11% nos últimos 14 dias. Outras quatro regiões do país tendem à queda na média móvel de mortes: Nordeste (-54%), Norte (-34%), Sudeste (-42%) e Sul (-29%). Nenhuma região tem alta.

Na análise por unidade federativa, oito estados apresentam tendência de estabilidade na média de mortes e outros oito e o Distrito Federal, de alta. Em dez estados, a tendência é de queda.

Além disso, o Brasil teve hoje 26.228 novos casos conhecidos da doença, com um acumulado de 30.724.939 testes positivos. A média móvel ficou em 19.135 e chegou ao décimo dia consecutivo de alta, com variação de 29% em relação a 14 dias atrás.

Três regiões do país acompanham esse cenário: Centro-Oeste (34%), Norte (59%) e Sul (62%). Já outras duas regiões tendem à estabilidade: Nordeste (-2%) e Sudeste (-14%).

Entre as unidades da federação, 15 registram tendência de alta; cinco de estabilidade e outras 7, de queda.

Veja a situação da média móvel de mortes por estado e no DF:

Região Sudeste

  • Espírito Santo: estabilidade (0%)
  • Minas Gerais: queda (-29%)
  • Rio de Janeiro: estabilidade (12%)
  • São Paulo: alta (92%)

Região Norte

  • Acre: estabilidade (0%)
  • Amazonas: estabilidade (0%)
  • Amapá: estabilidade (0%)
  • Pará: queda (-56%)
  • Rondônia: alta (300%)
  • Roraima: queda (-67%)
  • Tocantins: estabilidade (0%)

Região Nordeste

  • Alagoas: queda (-50%)
  • Bahia: estabilidade (-7%)
  • Ceará: alta (54%)
  • Maranhão: queda (-100%)
  • Paraíba: queda (-50%)
  • Pernambuco: queda (-30%)
  • Piauí: alta (200%)
  • Rio Grande do Norte: queda (-75%)
  • Sergipe: queda (-50%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: alta (67%)
  • Goiás: queda (-26%)
  • Mato Grosso: alta (25%)
  • Mato Grosso do Sul: alta (40%)

Região Sul

  • Paraná: alta (88%)
  • Rio Grande do Sul: alta (163%)
  • Santa Catarina: estabilidade (-6%)

Dados do governo

O Brasil registrou 229 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas, como indica o boletim divulgado hoje (17) pelo Ministério da Saúde. Desde o início da pandemia, a doença provocou 665.216 óbitos em todo o país.Pelos dados da pasta, houve 26.386 casos confirmados de covid-19 no Brasil entre ontem e hoje, elevando o total de infectados para 30.728.286 desde março de 2020.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.