Varíola dos macacos: 1º caso é confirmado em SP; instituto fará contraprova
O primeiro caso de varíola dos macacos foi confirmado hoje no Brasil. O paciente é um homem de 41 anos, de São Paulo e que viajou para a Espanha e Portugal. A informação foi inicialmente divulgada pela TV Globo e confirmada pelo UOL. O Instituto Adolfo Lutz, na capital paulista, será o responsável pelo exame de contraprova, que deve ficar pronto até amanhã.
O homem começou a apresentar sintomas no dia 28 de maio, quando teve febre e dor de cabeça. Ele está em isolamento no Hospital Emílio Ribas, na capital paulista.
Em nota, a Secretaria Municipal de São Paulo diz que ainda "aguarda o resultado dos exames colhidos" e classifica o caso como "em investigação".
"A Covisa (Coordenadoria de Vigilância em Saúde) ressalta que acompanha o cenário nacional e internacional sobre a varíola do macaco (monkeypox), e está em contato com o Ministério da Saúde e o Governo do Estado, por meio do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs). O órgão emitiu um alerta comunicando as principais características da doença e medidas a serem tomadas pelos equipamentos de saúde do munícipio e segue acompanhando os casos", finaliza a nota.
O Ministério da Saúde informou na última terça-feira (6) que este paciente estava sendo acompanhado, mas não havia informado mais nada sobre ele ou seu estado de saúde. Na ocasião, a pasta disse que "está em contato com estados para apoiar no monitoramento e ações de vigilância em saúde".
Há outros sete casos suspeitos de varíola dos macacos sendo investigados no Brasil. Destes, quatro são em homens e três em mulheres.
Dois pacientes estão na cidade de Rio Crespo (RO), um em Blumenau, um em Dionísio Cerqueira, um em Pacatuba (CE), um em Porto Alegre e um em Corumbá (MS).
Como é a transmissão e os sintomas?
A varíola dos macacos já acumula casos em países como a Inglaterra, Canadá e Itália. A doença infecciosa passa de animais para humanos, e é causada pelo vírus de mesmo nome (varíola dos macacos).
O vírus é transmitido por gotas de saliva, contato com fluidos corporais e lesões cutâneas. Há também a possibilidade de ser transmitido por objetos e materiais contaminados, como talheres, toalhas e roupas de cama. Uma medida para evitar a exposição ao vírus é a higienização das mãos com água e sabão ou álcool gel.
A varíola costuma ser caracterizada por dores musculares e forte febre que evoluem rapidamente para bolhas na pele com formação de crostas — o que ajuda a detectar a doença rapidamente. Lembra uma catapora, porém é mais grave.
Os sintomas incluem linfonodos inchados, calafrios e fadiga, duram entre 14 e 21 dias e são semelhantes aos da varíola humana, erradicada no mundo desde 1980.
O vírus pode ser mais grave em crianças pequenas, mulheres grávidas e pessoas imunossuprimidas.
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