Covid: Média móvel de mortes volta a ficar acima de 200 após quase 3 meses
A média móvel de mortes causadas pela covid-19 no Brasil voltou a ficar acima de 200 após quase três meses e chegou a 209 hoje. Esse também é o patamar mais alto desde 31 de março, quando atingiu 213. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.
O índice variou 40% em relação a 14 dias atrás, indicando tendência de alta. Se o valor fica acima de 15%, como hoje, indica alta; abaixo de -15%, significa queda, e entre 15% e -15% sinaliza estabilidade.
A média móvel é considerada por especialistas a maneira mais confiável de medir avanço ou retrocesso da pandemia, e é calculada a partir da média de mortes — ou de casos da doença — dos últimos sete dias.
Quatros regiões acompanham a alta nacional na média móvel de mortes: Centro-Oeste (49%), Nordeste (87%), Sudeste (28%) e Sul (61%). Já o Norte tem estabilidade, de 3%.
O Distrito Federal e 15 estados estão com a média móvel de mortes em alta, 7 em estabilidade e 4 em queda.
Nas últimas 24 horas, foram registradas 294 mortes no Brasil em decorrência da covid-19. Acre, Amapá, Amazonas, Minas Gerais, Paraíba, Piauí, e Roraima não registraram óbitos nesta terça-feira (28). O país acumula, desde o início da pandemia, 670.900 vidas perdidas.
Hoje também foram 70.166 novos casos conhecidos da doença causada pelo coronavírus. Ao todo, o país teve 32.207.082 testes positivos registrados desde março de 2020. A média móvel de casos ficou em 54.695, também com tendência de alta (30%).
Três regiões do país têm alta na média móvel de casos: Nordeste (110%), Norte (194%) e Sudeste (30%). Já outras duas registram estabilidade: Centro-Oeste (7%) e Sul (6%).
Na análise por unidade da federação, 22 registram tendência de alta na média móvel; 3 de estabilidade e 2 de queda.
Veja a situação da média móvel de mortes por estado e no DF:
Região Sudeste
- Espírito Santo: alta (182%)
- Minas Gerais: estabilidade (-2%)
- Rio de Janeiro: alta (39%)
- São Paulo: alta (33%)
Região Norte
- Acre: estabilidade (0%)
- Amazonas: queda (-50%)
- Amapá: estabilidade (0%)
- Pará: queda (-31%)
- Rondônia: alta (140%)
- Roraima: estabilidade (0%)
- Tocantins: estabilidade (0%)
Região Nordeste
- Alagoas: alta (1100%)
- Bahia: alta (100%)
- Ceará: alta (145%)
- Maranhão: alta (400%)
- Paraíba: alta (100%)
- Pernambuco: estabilidade (-5%)
- Piauí: alta (600%)
- Rio Grande do Norte: alta (271%)
- Sergipe: queda (-25%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: alta (238%)
- Goiás: alta (63%)
- Mato Grosso: alta (71%)
- Mato Grosso do Sul: queda (-43%)
Região Sul
- Paraná: alta (118%)
- Rio Grande do Sul: estabilidade (-1%)
- Santa Catarina: estabilidade (181%)
Dados do governo
O Ministério da Saúde divulgou hoje (28) que o Brasil registrou 316 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o começo da pandemia, a doença provocou 670.848 óbitos em todo o país.
Pelos números do ministério, houve 76.638 casos confirmados de covid-19 no Brasil entre ontem e hoje, elevando o total de infectados para 32.206.954 desde março de 2020.
Segundo o governo federal, houve 30.764.923 casos recuperados da doença até o momento, com outros 771.183 em acompanhamento.
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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