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Covid: Média móvel de mortes volta a ficar acima de 200 após quase 3 meses

Quase 671 mil brasileiros morreram em decorrência da covid-19 - Werther Santana/Eestadão Conteúdo
Quase 671 mil brasileiros morreram em decorrência da covid-19 Imagem: Werther Santana/Eestadão Conteúdo

Mariana Durães, Hygino Vasconcellos e Ricardo Espina

Do UOL e Colaboração para o UOL, em Balneário Camboriú (SC) e em São Paulo

28/06/2022 18h15Atualizada em 28/06/2022 20h22

A média móvel de mortes causadas pela covid-19 no Brasil voltou a ficar acima de 200 após quase três meses e chegou a 209 hoje. Esse também é o patamar mais alto desde 31 de março, quando atingiu 213. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.

O índice variou 40% em relação a 14 dias atrás, indicando tendência de alta. Se o valor fica acima de 15%, como hoje, indica alta; abaixo de -15%, significa queda, e entre 15% e -15% sinaliza estabilidade.

A média móvel é considerada por especialistas a maneira mais confiável de medir avanço ou retrocesso da pandemia, e é calculada a partir da média de mortes — ou de casos da doença — dos últimos sete dias.

Quatros regiões acompanham a alta nacional na média móvel de mortes: Centro-Oeste (49%), Nordeste (87%), Sudeste (28%) e Sul (61%). Já o Norte tem estabilidade, de 3%.

O Distrito Federal e 15 estados estão com a média móvel de mortes em alta, 7 em estabilidade e 4 em queda.

Nas últimas 24 horas, foram registradas 294 mortes no Brasil em decorrência da covid-19. Acre, Amapá, Amazonas, Minas Gerais, Paraíba, Piauí, e Roraima não registraram óbitos nesta terça-feira (28). O país acumula, desde o início da pandemia, 670.900 vidas perdidas.

Hoje também foram 70.166 novos casos conhecidos da doença causada pelo coronavírus. Ao todo, o país teve 32.207.082 testes positivos registrados desde março de 2020. A média móvel de casos ficou em 54.695, também com tendência de alta (30%).

Três regiões do país têm alta na média móvel de casos: Nordeste (110%), Norte (194%) e Sudeste (30%). Já outras duas registram estabilidade: Centro-Oeste (7%) e Sul (6%).

Na análise por unidade da federação, 22 registram tendência de alta na média móvel; 3 de estabilidade e 2 de queda.

Veja a situação da média móvel de mortes por estado e no DF:

Região Sudeste

  • Espírito Santo: alta (182%)
  • Minas Gerais: estabilidade (-2%)
  • Rio de Janeiro: alta (39%)
  • São Paulo: alta (33%)

Região Norte

  • Acre: estabilidade (0%)
  • Amazonas: queda (-50%)
  • Amapá: estabilidade (0%)
  • Pará: queda (-31%)
  • Rondônia: alta (140%)
  • Roraima: estabilidade (0%)
  • Tocantins: estabilidade (0%)

Região Nordeste

  • Alagoas: alta (1100%)
  • Bahia: alta (100%)
  • Ceará: alta (145%)
  • Maranhão: alta (400%)
  • Paraíba: alta (100%)
  • Pernambuco: estabilidade (-5%)
  • Piauí: alta (600%)
  • Rio Grande do Norte: alta (271%)
  • Sergipe: queda (-25%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: alta (238%)
  • Goiás: alta (63%)
  • Mato Grosso: alta (71%)
  • Mato Grosso do Sul: queda (-43%)

Região Sul

  • Paraná: alta (118%)
  • Rio Grande do Sul: estabilidade (-1%)
  • Santa Catarina: estabilidade (181%)

Dados do governo

O Ministério da Saúde divulgou hoje (28) que o Brasil registrou 316 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o começo da pandemia, a doença provocou 670.848 óbitos em todo o país.

Pelos números do ministério, houve 76.638 casos confirmados de covid-19 no Brasil entre ontem e hoje, elevando o total de infectados para 32.206.954 desde março de 2020.

Segundo o governo federal, houve 30.764.923 casos recuperados da doença até o momento, com outros 771.183 em acompanhamento.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.