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Covid: Média móvel de casos completa 10 dias em tendência de alta

País tem 32.610.830 testes positivos notificados desde o início da pandemia de covid-19 - iStock
País tem 32.610.830 testes positivos notificados desde o início da pandemia de covid-19 Imagem: iStock

Mariana Durães, Hygino Vasconcellos e Ricardo Espina

Do UOL e Colaboração para o UOL, em Balneário Camboriú (SC) e em São Paulo

05/07/2022 18h20Atualizada em 05/07/2022 21h09

A média móvel de casos de covid-19 no Brasil chegou ao 10º dia consecutivo em tendência de alta. O indicador marcou 57.678 registros da doença. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.

O índice variou 42% em relação a 14 dias atrás. Se o valor fica acima de 15%, como hoje, indica tendência de alta; abaixo de -15%, significa tendência de queda, e entre 15% e -15%, de estabilidade.

A média móvel é considerada por especialistas a maneira mais confiável de medir avanço ou retrocesso da pandemia, e é calculada a partir da média de mortes — ou de casos da doença — dos últimos sete dias.

Três regiões do país têm alta na média móvel de casos: Nordeste (121%), Norte (223%) e Sudeste (38%). Já outras duas registram estabilidade: Centro-Oeste (11%) e Sul (9%).

Entre as unidades da federação, 23 apresentam alta na média móvel de casos, duas têm estabilidade e apenas o Distrito Federal registra queda.

Nas últimas 24 horas foram 74.528 novos casos conhecidos da doença. Ao todo, o país acumula 32.610.830 testes de covid-19 notificados desde o início da pandemia.

Nesta terça-feira (5) foram 393 novas mortes causadas pela doença no Brasil. Acre, Amapá, Amazonas, Rondônia, Roraima, e Tocantins não registraram óbitos hoje. Já Santa Catarina não divulgou os dados hoje. Ao todo, são 672.494 vidas perdidas.

A média móvel de mortes ficou em 228, o maior patamar desde 28 de março, quando foi 236. O indicador registrou alta de 84% em relação 14 dias atrás, chegando ao 12º dia consecutivo em elevação.

Quatro regiões do país acompanham o cenário nacional de alta na média móvel de mortes: Centro-Oeste (97%), Nordeste (43%), Sudeste (99%) e Sul (84%). Já o Norte tem estabilidade, de 13%.

Ao todo, 17 estados estão com a média móvel de mortes em alta, enquanto 6 estados e o Distrito Federal registram estabilidade e dois, queda.

Veja a situação da média móvel de mortes por estado e no DF:

Região Sudeste

  • Espírito Santo: alta (114%)
  • Minas Gerais: alta (134%)
  • Rio de Janeiro: alta (78%)
  • São Paulo: estabilidade (94%)

Região Norte

  • Acre: estabilidade (0%)
  • Amazonas: estabilidade (0%)
  • Amapá: estabilidade (0%)
  • Pará: queda (-21%)
  • Rondônia: alta (29%)
  • Roraima: estabilidade (0%)
  • Tocantins: estabilidade (0%)

Região Nordeste

  • Alagoas: alta (180%)
  • Bahia: queda (-47%)
  • Ceará: alta (225%)
  • Maranhão: alta (300%)
  • Paraíba: alta (69%)
  • Pernambuco: estabilidade (9%)
  • Piauí: alta (133%)
  • Rio Grande do Norte: alta (47%)
  • Sergipe: alta (300%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: estabilidade (-14%)
  • Goiás: alta (181%)
  • Mato Grosso: alta (58%)
  • Mato Grosso do Sul: alta (171%)

Região Sul

  • Paraná: alta (121%)
  • Rio Grande do Sul: alta (75%)
  • Santa Catarina: não atualizou os dados hoje

Dados do governo

O Ministério da Saúde informou hoje (5) que o Brasil contabilizou 396 novas mortes provocadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o começo da pandemia, a doença causou 672.429 óbitos em todo o território nacional.

Pelos dados da pasta, houve 74.591 diagnósticos positivos para a covid-19 entre ontem e hoje no país. Até o momento, o total de infectados chegou a 32.610.514.

De acordo com o governo federal, houve 31.039.055 casos recuperados da doença até aqui, com outros 899.030 em acompanhamento.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.