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Brasil registra 106 casos de varíola dos macacos, diz Saúde

Ministério da Saúde confirmou 106 casos de varíola dos macacos no Brasil; SP é o estado mais afetado - GETTY IMAGES
Ministério da Saúde confirmou 106 casos de varíola dos macacos no Brasil; SP é o estado mais afetado Imagem: GETTY IMAGES

Do UOL, em São Paulo

06/07/2022 13h00Atualizada em 06/07/2022 13h11

O Ministério da Saúde confirmou 106 casos de varíola dos macacos no Brasil, segundo balanço divulgado nesta quarta-feira (6). São Paulo é o estado mais afetado, com 75 pacientes identificados.

Segundo o Ministério da Saúde, a pasta está em articulação direta com os estados "para o monitoramento dos casos e rastreamento dos contatos dos pacientes".

Veja a seguir a quantidade de casos confirmados por estado:

  • São Paulo: 75
  • Rio de Janeiro: 20
  • Minas Gerais: 3
  • Ceará: 2
  • Paraná: 2
  • Rio Grande do Sul: 2
  • Rio Grande do Norte: 1
  • Distrito Federal: 1

Como acontece a contaminação

A varíola dos macacos é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo/íntimo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. Esse contato pode ser, por exemplo, por abraço, beijo, massagens, relações sexuais ou secreções respiratórias próximas e por tempo prolongado.

Prevenção e sintomas

Para prevenir a infecção, a recomendação é de evitar contato próximo/íntimo com a pessoa doente até que todas as feridas tenham cicatrizado; evitar o contato com qualquer material, como roupas de cama, que tenha sido utilizado pela pessoa doente; e higienizar as mãos, lavando-as com água e sabão e/ou álcool gel.

Os primeiros sintomas podem ser febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, linfonodos inchados, calafrios ou cansaço. De um a três dias após o início desses sintomas, as pessoas desenvolvem lesões de pele que podem estar localizadas em mãos, boca, pés, peito, rosto e ou regiões genitais.

A varíola dos macacos pode ser letal, mas o risco é baixo. Existem dois grupos distintos do vírus da doença circulando no mundo, agrupados com base em suas características genéticas: um predominantemente em países da África Central - com taxa de fatalidade de cerca de 10% - e outro circulando na África Ocidental, com taxa bem menor, de 1%.

Complicações podem ocorrer, principalmente infecções bacterianas secundárias da pele ou dos pulmões, que podem evoluir para sepse e morte ou disseminação do vírus para o sistema nervoso central, gerando um quadro de inflamação cerebral grave chamado encefalite, que pode ter sequelas sérias ou levar ao óbito.

Além disso, como toda doença viral aguda, a depender do estado imunológico do paciente e das condições e acesso à assistência médica adequada, alguns casos podem levar à morte.