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Miguel Nicolelis alerta para aumento das mortes pela covid-19: 'SOS Brasil'

O neurocientista Miguel Nicolelis - Bruno Santos/ Folhapress
O neurocientista Miguel Nicolelis Imagem: Bruno Santos/ Folhapress

Do UOL, em São Paulo*

05/07/2022 22h24Atualizada em 06/07/2022 09h41

O neurocientista Miguel Nicolelis alertou hoje para o aumento de casos de covid-19 no Brasil e apontou que "parece que nada vai ser feito para barrar escaladas ainda maiores" da pandemia no território nacional.

"Estamos voltando ao patamar de 400-500 mortes/dia e parece que nada vai ser feito para barrar escaladas ainda maiores. Número de casos, mesmo grosseiramente subnotificados, chegando a 80 mil/dia. Isso antes que variantes da ômicron mais agressivas dominem por completo", começou no Twitter.

E acrescentou: "SOS Brasil". SOS é código universal para o termo "socorro" sendo usado para pedidos de ajuda.

Segundo dados do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, nas últimas 24 horas houve 74.528 novos casos conhecidos da covid-19. Ao todo, o país acumula 32.610.830 testes de covid-19 notificados desde o início da pandemia.

Nesta terça-feira (5) foram 393 novas mortes causadas pela doença no Brasil também de acordo com o consórcio. Acre, Amapá, Amazonas, Rondônia, Roraima, e Tocantins não registraram óbitos hoje. Já Santa Catarina não divulgou os dados desta terça-feira. Ao todo, são 672.494 vidas perdidas em todo o território nacional para o novo coronavírus.

Ainda hoje, a média móvel de casos de covid-19 no Brasil chegou ao 10º dia consecutivo em tendência de alta.

Síndrome Respiratória Aguda Grave tem tendência de alta

Informações divulgadas ontem pelo boletim Infogripe, que reúne pesquisadores da Fiocruz, da FGV (Fundação Getulio Vargas) e do Ministério da Saúde, mostram que há tendência de alta nos casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) no longo e curto prazo no Brasil. A semana analisada na pesquisa teve início em 19 de junho e terminou no dia 25.

A Síndrome Respiratória Aguda Grave abrange casos de doenças com sintomas gripais que prejudicam a função respiratória e pode levar à hospitalização. O estudo considera como curto prazo um período de três semanas, e como longo prazo, um de seis semanas.

No último mês, de acordo com o boletim, a covid-19 foi responsável por 77,6% dos casos da síndrome e 94,5% das mortes.

Entre as crianças de 0 a 4 anos, o Sars-CoV-2 já está próximo do observado para o VSR (Vírus sincicial respiratório), que costuma ter predomínio nesta faixa etária, sendo o coronavírus com 36% dos casos, contra 39% do sincicial. Porém, entre crianças e adolescentes, a SRAG manteve sinal de queda.

Já na população adulta, os dados apontam para desaceleração, mas ainda em situação de crescimento, sobretudo em pessoas com 50 anos ou mais.

*Com Mariana Durães, Hygino Vasconcellos e Ricardo Espina, do UOL e colaboração para o UOL, em Balneário Camboriú (SC) e em São Paulo