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SP: Mais de 40 cidades confirmaram casos de varíola dos macacos; veja lista

Mais de 80% dos casos no estado foram registrados na capital paulista - iStock
Mais de 80% dos casos no estado foram registrados na capital paulista Imagem: iStock

Do UOL, em São Paulo

27/07/2022 11h22Atualizada em 27/07/2022 18h38

O estado de São Paulo registrou 741 casos da varíola dos macacos até a manhã de hoje. Quarenta e duas cidades tiveram ao menos um episódio, mas cerca de 82% dos pacientes (614) foram confirmados na capital.

De acordo com a Secretaria de Saúde, todos estão se recuperando bem, e são acompanhados pela vigilância sanitária de seus respectivos municípios.

Depois da capital, São Bernardo do Campo é o segundo município com mais casos registrados no estado. Ao todo, 42 cidades tiveram algum episódio de varíola dos macacos, sendo que em quatro o número superou dez pacientes. Em outros 18 municípios, houve somente uma notificação da doença.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) decretou no último sábado (23) que a varíola dos macacos é uma emergência sanitária global, com mais de 16 mil casos confirmados em 75 países.

Veja onde e quantos casos da varíola dos macacos foram registrados no estado de São Paulo:

  • São Paulo: 614
  • São Bernardo do Campo: 15
  • Itapevi: 10
  • Santo André: 10
  • Guarulhos: 8
  • Osasco: 8
  • Campinas: 7
  • Diadema: 6
  • Barueri: 5
  • Ribeirão Preto: 5
  • Itapecerica da Serra: 4
  • São Caetano do Sul: 4
  • Cajamar: 3
  • Cotia: 3
  • Embu das Artes: 3
  • Carapicuíba: 2
  • Indaiatuba: 2
  • Itaquaquecetuba: 2
  • Jundiaí: 2
  • Mogi das Cruzes: 2
  • São Carlos: 2
  • São José dos Campos: 2
  • Sertãozinho: 2
  • Taboão da Serra: 2
  • Araras: 1
  • Bady Bassit: 1
  • Embu-Guaçu: 1
  • Francisco Morato: 1
  • Franco da Rocha: 1
  • Itanhaém: 1
  • Itararé: 1
  • Jacareí: 1
  • Jandira: 1
  • Mauá: 1
  • Paulínia: 1
  • Praia Grande: 1
  • Santa Bárbara D'Oeste: 1
  • Santos: 1
  • Sorocaba: 1
  • Suzano: 1
  • Várzea Paulista: 1
  • Vinhedo: 1

Emergência sanitária global

A OMS decretou a varíola dos macacos como uma emergência sanitária global, com mais de 16 mil casos confirmados em 75 países. A decisão é um alerta para os países monitorarem a doença e implementar medidas para conter a circulação do vírus.

A varíola do macaco é uma doença endêmica do continente africano, transmitida inicialmente de animais para seres humanos e detectada pela primeira vez em 1958. O vírus é membro da família de Orthopoxvirus, a mesma do vírus da varíola, doença já erradicada entre os seres humanos.

Quais os sintomas da varíola dos macacos?

A doença começa com febre, fadiga, dor de cabeça, dores musculares, ou seja, sintomas inespecíficos e semelhantes a um resfriado ou gripe.

Em geral, de a 1 a 5 dias após o início da febre, aparecem lesões na pele, que são chamadas de exantema ou rash cutâneo (manchas vermelhas). Essas lesões aparecem inicialmente na face, espalhando para outras partes do corpo. Elas vêm acompanhadas de coceira e aumento dos gânglios

Vale ressaltar que uma pessoa é contagiosa até que todas as cascas caiam —as casquinhas contêm material viral infeccioso— e que a pele esteja completamente cicatrizada.

Como é a transmissão da varíola dos macacos?

A varíola dos macacos não se espalha facilmente entre as pessoas —a proximidade é fator necessário para o contágio. Sendo assim, a doença ocorre quando o indivíduo tem contato muito próximo e direto com um animal infectado (acredita-se que os roedores sejam o principal reservatório animal para os humanos) ou com outros indivíduos infectados por meio das secreções das lesões de pele e mucosas ou gotículas do sistema respiratório.

A transmissão pode ocorrer também pelo contato com objetos contaminados com fluídos das lesões do paciente infectado —isso inclui contato a pele ou material que teve contato com a pele, por exemplo as toalhas ou lençóis usados por alguém doente.