Varíola dos macacos: fabricante prevê poucas vacinas para o Brasil em 2022
Única fabricante da vacina contra varíola dos macacos, a dinamarquesa Bavarian Nordic, diz que o Brasil deve receber poucas doses do imunizante em 2022. Países que já começaram a aplicar a vacina, como os Estados Unidos, iniciaram as negociações de compra há nove semanas.
As informações são do jornal O Globo, que entrevistou o vice-presidente das relações com investidores da Bavarian Nordic, Rolf Sass Sorensen. Ele diz que o governo brasileiro ainda não garantiu nenhuma dose.
Nesta semana, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, argumentou que a Bavarian Nordic não tem representantes no Brasil. "Assim, a aquisição deve ser via Opas", ressaltou em entrevista a Folha de S.Paulo (saiba mais abaixo).
Além dos Estados Unidos, a vacina contra a varíola dos macacos foi autorizada na União Europeia e no Canadá. O vice-presidente da Bavarian Nordic diz que os primeiros países interessados iniciaram a negociação diante da alta no número de casos na Europa.
Alguns deles já garantiram remessas para os próximos anos.
Por ano, a Bavarian Nordic é capaz de produzir 30 milhões de unidades da vacina, que deve ser administrada em duas doses. Países que demoraram a procurar a fabricante devem receber o imunizante ainda em 2022, mas em quantidades menores.
Para os países que chegarem depois, como por exemplo [pode ser o caso do] Brasil, vamos poder oferecer ainda neste ano um pequeno quantitativo para aplacar situações emergenciais e depois garantir que recebam, em primeiro lugar, até o segundo trimestre do ano que vem.
Vice-presidente das relações com investidores da Bavarian Nordic, Rolf Sass Sorensen
O imunizante da Bavarian Nordic é a primeira vacina específica para a varíola dos macacos, mas há um imunizante para a varíola humana —que também está em uso nos Estados Unidos para conter o atual surto.
Brasil diz que vai negociar vacinas com a Opas
O Ministério da Saúde diz que o Brasil articula com a Opas a aquisição de vacinas contra a varíola dos macacos. Em nota, a pasta diz que as negociações estão sendo feitas de forma global com a fabricante para ampliar o acesso de países que têm casos confirmados.
A Opas atua como escritório regional da OMS (Organização Mundial da Saúde para as Américas.
Em nota, o Ministério da Saúde também diz que a vacinação em massa não é preconizada pela OMS em países não endêmicos para a enfermidade, como é o caso do Brasil. A recomendação, até o momento, é que sejam imunizadas pessoas que tiveram contato com casos suspeitos e profissionais de saúde com alto risco ocupacional diante da exposição ao vírus.
A atualização mais recente do Ministério da Saúde indica que o Brasil tem 813 casos de varíola dos macacos. Não foram divulgados quantos casos estão em investigação.
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