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Casos de dengue, chikungunya e zika aumentam e ligam alerta no ministério

Ministério da Saúde está sem um dos inseticidas usados no fumacê, que controla o Aedes aegypti - iStock
Ministério da Saúde está sem um dos inseticidas usados no fumacê, que controla o Aedes aegypti Imagem: iStock

Do UOL, em São Paulo

17/03/2023 12h02

O Ministério da Saúde informou que houve um salto nos casos de dengue, zika e chikungunya nos primeiros meses deste ano.

O que aconteceu?

  • Dengue teve aumento de 44%. Entre janeiro e março, houve 210 mil casos prováveis da doença. O número é 43,8% maior do que o registrado no mesmo período no ano passado. A região com maior incidência é a Centro-Oeste, com 254,3 casos por 100 mil habitantes.
  • Chikungunya teve o maior salto, de 97%. Nos primeiros três meses deste ano, foram registrados 43 mil casos prováveis, 97,1% a mais na comparação com janeiro, fevereiro e março de 2022. A maioria das contaminações aconteceu na região Sudeste, com 34,3 casos por 100 mil habitantes.
  • Zika cresceu 35,2%. Foram 1.194 casos prováveis da doença, contra 883 no mesmo período do ano passado, um aumento de 35,2%. A maior incidência é na região Norte, com 2,8 casos por 100 mil habitantes.
  • Ministério está sem um dos inseticidas de combate ao Aedes. O produto é usado no processo de nebulização, o chamado fumacê, que controla a espécie.
  • Pasta criou centro de operações para monitorar doenças. "Nossa prioridade é sensibilizar a população, para que assim possamos controlar o avanço da transmissão", disse Alda Maria da Cruz, diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis.

Dengue é a mais grave das três

  • Apesar de terem sintomas semelhantes, a dengue é mais grave por causar hemorragias que podem levar à morte, de acordo com a Fiocruz. A doença causa febre, dores no corpo, dores de cabeça e nos olhos, falta de ar, manchas na pele e indisposição.
  • Zika é a mais leve. Por causar olhos avermelhados e coceira, muitas vezes é confundida com alergia. Entretanto, a doença pode causar efeitos graves em gestantes, como a microcefalia do feto.
  • Tratamento é o mesmo. Recomenda-se que o paciente, nos três casos, permaneça em repouso e beba bastante líquido. Alguns medicamentos são indicados para dor, mas não se deve recorrer a remédios que contenham AAS, o ácido acetilsalicílico, pois podem desencadear hemorragias.

Como combater o Aedes aegypti

A prevenção é a melhor forma de combater a doença. Evite água parada:

  • Esvazie garrafas;
  • Não estoque pneus em áreas descobertas;
  • Não acumule água em lajes ou calhas;
  • Coloque areia nos vasos de planta e
  • Cubra bem tonéis e caixas d'água