SP confirma 4 mortes por dengue e anuncia Centro de Operação de Emergência

O governo de São Paulo confirmou quatro mortes por dengue no estado desde o início do ano. Os registros foram em Pindamonhangaba (2), Bebedouro (1) e Guarulhos (1).

O que aconteceu

O governo estadual lançou o Centro de Operação de Emergências para combater casos de dengue. O órgão é coordenado pela Secretaria da Saúde e conta com o trabalho de outras sete pastas.

O governador em exercício, Felício Ramuth (PSD), anunciou a liberação de R$ 200 milhões em recursos para utilização direta pelos municípios no combate à doença. "Caberá a eles a decisão de onde investir."

Casos aumentaram 60% em relação a 2023, mas óbitos caíram. Até o momento foram registrados 29.386 casos confirmados da doença, contra 19.094 no mesmo período do ano passado. Já o número de mortes caiu de 24 para quatro, redução de cerca de 80%.

Entre 65% e 80% dos focos do mosquito da dengue estão nas residências, segundo o secretário da Saúde, Eleuses Paiva. Entre as medidas anunciadas, estão a atuação direta da Defesa Civil nas vistorias nas casas e a capacitação dos profissionais de educação para que possam fazer "sensibilização" dos alunos nas escolas, explicou.

O governo também montou uma sala de situação e um painel de monitoramento da dengue, com dados de casos e óbitos. "Vamos poder enxergar em tempo real as cidades e as regiões que estão mais comprometidas e onde podemos ser mais efetivos", disse Paiva.

Mapa da Secretaria Estadual da Saúde mostra incidência da dengue
Mapa da Secretaria Estadual da Saúde mostra incidência da dengue Imagem: Governo de São Paulo

'Guerra' contra a doença

O presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde de São Paulo disse que país vive "guerra" contra a doença. Ele fez um apelo para que a população libere a entrada de agentes de saúde, devidamente identificados, nas casas. "Estamos numa guerra. Minas decretou estado de emergência, o Rio decretou estado de emergência. Acho que quando a dengue chegar, vai chegar por todos os lados. Precisamos fazer uma corrente do bem", avaliou Geraldo Reple.

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Vacina do Instituto Butantan está na fase 3. No entanto, segundo o diretor do instituto, Esper Kallás, não há estimativa de que ela esteja disponível tão cedo. Desenvolvida para ser aplicada em dose única, ela é capaz de evitar o adoecimento em quase 80% dos vacinados, segundo estudo científico.

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) não participou da coletiva. Ele está em viagem oficial na Europa.

A dengue é o maior problema de saúde pública que temos no estado de São Paulo. O governo do estado junto com os municípios está montando uma operação de guerra contra o mosquito.
Eleuses Paiva, secretário da Saúde

Hospital de campanha

Em todo o país, foram 36 mortes por dengue — e 234 em investigação, segundo o Ministério da Saúde. O governo federal contabiliza mais de 345 mil casos prováveis da doença.

No Distrito Federal, foi montado um hospital de campanha, em parceria entre o Governo do Distrito Federal e a Força Aérea Brasileira. A unidade começou a funcionar na segunda (5) em Ceilândia e tem capacidade para atender cerca de 600 pessoas por dia.

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Principais sintomas da dengue

Os sintomas da dengue são variados, mas as manifestações mais comuns são:

  • Eritema (mancha vermelha parecidas com alergia);
  • Dor no corpo;
  • Mialgia (dor muscular);
  • Fadiga;
  • Dor de cabeça;
  • Dor no fundo dos olhos;
  • Febre (maior que 38,5ºC);
  • Perda de apetite;
  • Dor abdominal.

Muitas vezes, os sintomas são leves e passam sozinhos (são autolimitados). A febre, por exemplo, pode não ser alta, e nem será acompanhada de dor de cabeça.

Sintomas da dengue em casos graves

Os sintomas da dengue em casos graves são semelhantes ao da doença leve. A diferença é que no terceiro ou quarto dia da infecção ocorre choque hemorrágico (a pessoa perde sangue, o que faz com que o seu coração perca a capacidade de bombear a quantidade necessária para nutrir vários órgãos do organismo), e desidratação severa. Os sinais de alerta são os seguintes:

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  • Dor abdominal intensa;
  • Vômito persistente;
  • Respiração acelerada;
  • Sangramento de mucosa ou outra hemorragia;
  • Fadiga;
  • Agitação ou confusão mental.

Algumas pessoas ainda apresentarão quadros neurológicos, como convulsões e irritabilidade.

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