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Aborto legal: Ministério da Saúde suspende nota sobre prazo do procedimento

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, e o presidente Lula Imagem: Evaristo Sá/AFP

Do UOL, em São Paulo

29/02/2024 16h43Atualizada em 29/02/2024 18h25

O Ministério da Saúde suspendeu uma nota técnica que revogava uma recomendação emitida durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) que estabelecia um prazo máximo de 21 semanas e seis dias de gestação para a realização do aborto legal.

O que aconteceu

O documento não passou por todas as esferas necessárias do Ministério da Saúde, nem pela consultoria jurídica, portanto está suspenso
nota do Ministério da Saúde.

A pasta afirmou também que a ministra Nísia Trindade teve conhecimento do assunto durante agenda hoje em Boa Vista (RR).

A nota técnica revogava a recomendação de 2022, a qual preconizava a realização do aborto legal até as 21 semanas de gestação, argumentando que, a partir desse ponto, os fetos deveriam ser considerados viáveis, detentores do direito à vida, e mereciam assistência de acordo com sua vulnerabilidade.

Embora não possua força de lei, o texto do governo Bolsonaro pode ser utilizado para negar o acesso ao aborto legal, segundo avaliação de especialistas. Um exemplo disso ocorreu em Santa Catarina, onde uma menina de 11 anos teve o procedimento recusado quando estava com 22 semanas e dois dias de gestação.

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