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Miss é acusada de fugir com coroa e exige pedido de desculpas

May Myat Noe, Miss Ásia-Pacífico 2014, posa junto com coroa que ganhou no certame - Lynn Bo Bo/Efe
May Myat Noe, Miss Ásia-Pacífico 2014, posa junto com coroa que ganhou no certame Imagem: Lynn Bo Bo/Efe

Do UOL, em São Paulo

02/09/2014 16h42

A birmanesa May Myat Noe, 16, exigiu nesta terça-feira (2) um pedido de desculpas para devolver a coroa de US$ 100 mil (R$ 225 mil) vencida por ela em maio de 2014 no concurso Miss Ásia-Pacífico.

Os organizadores sul-coreanos do evento, que foi realizado em Seul, a acusam de ter fugido com o objeto para Mianmar e destronaram a jovem recentemente por "má conduta". Eles dizem que Noe mentiu e foi desrespeitosa com eles, sem especificar de que modo.

Já a adolescente afirma que entrou em conflito com os responsáveis pelo concurso porque estava sendo pressionada a passar por cirurgias plásticas "dos pés à cabeça". No entanto, de acordo com a "BBC", na origem da disputa está um desacordo entre os organizadores e a mãe da birmanesa quanto à gestão da sua carreira de modelo.

Além disso, Noe garante que voltou ao seu país sem saber que havia perdido o título e que não tem intenção de ficar com a coroa.

Em uma entrevista coletiva, uma emocionada May negou que tenha feito qualquer coisa de errado. "Só vou devolver a coroa diante de representantes de Mianmar depois de um pedido de desculpas da organização ao meu país, pela integridade do nosso país", disse a jovem na capital Yangon.

Silicone

A organização do concurso disse que May aceitou não apenas a coroa de miss como um implante de seios no valor de US$10 mil. Entretanto, a moça nega ter aceito o silicone.

Ela acusa os organizadores de a terem obrigado a mentir sobre sua idade e exigido diversas cirurgias plásticas.

O concurso de Miss Ásia Pacífico está apenas no seu quarto ano, mas esta não foi a primeira polêmica.

Em 2011, a candidata do País de Gales, Amy Willerton, e várias outras concorrentes afirmaram que o resultado do concurso havia sido combinado previamente.

As alegações vieram à tona depois que uma representante da Venezuela teria supostamente sido nomeada segunda colocada mesmo antes de se apresentar.

Mianmar iniciou um processo de abertura política há menos de cinco anos e passou a enviar candidatas a miss para outros países em 2012. (Com Ansa e BBC)