Rússia critica Charles por comparar Putin a Hitler
MOSCOU, 22 Mai 2014 (AFP) - A Rússia pediu nesta quinta-feira explicações oficiais a Londres sobre as declarações atribuídas ao príncipe Charles comparando o presidente russo Vladimir Putin a Adolf Hitler, acrescentando que "não são dignas do futuro rei britânico".
"Se estas palavras foram realmente ditas, indubitavelmente não são dignas do futuro monarca britânico", declarou, em Mosocu, o porta-voz do ministério das Relações Exteriores russo, Alexandre Lukashevich.
"Solicitamos uma explicação oficial às autoridades britânicas", acrescentou.
Nem a Clarence House, a residência do herdeiro da Coroa, nem a chancelaria britânica responderam publicamente ao pedido de Moscou.
O vice-embaixador russo em Londres, Alexander Kramarenko, se reuniu com membros do Foreign Office, mas estes afirmaram que "não comentavam notícias sobre conversas privadas", informaram em um comunicado.
O príncipe Charles teria feito comentário delicado e polêmico durante uma visita ao Canadá, ao comparar as recentes ações do presidente Putin com as de Hitler.
O jornal britânico The Daily Mail afirmou nesta quarta-feira que várias testemunhas ouviram o príncipe fazer este comentário a Marienne Ferguson, de 78 anos, que fugiu dos nazistas aos 13 e perdeu sua família no Holocausto.
"Falei com ele sobre meus antecedentes familiares e sobre como cheguei ao Canadá", declarou Ferguson ao jornal.
"O príncipe depois disse: 'e agora Putin está fazendo quase o mesmo que Hitler'", acrescentou.
"Devo dizer que concordo com ele e estou certa de que muita gente também concorda (...) Fiquei muito surpresa com o fato de ele fazer este comentário, porque eles (a família real) não costumam dizer essas coisas, mas foi muito sincero e honesto", disse.
O herdeiro da Coroa conversou com Ferguson durante uma visita ao Museu Canadense da Imigração, em Halifax, Nova Escócia, em uma escala de sua viagem de quatro dias pelo Canadá junto a sua esposa Camila.
O príncipe Charles e sua mãe, a rainha Elizabeth II, se encontrarão com Putin na comemoração do Dia D da Segunda Guerra Mundial, em 6 de junho no norte da França.
As declarações do príncipe refletem a frustração ocidental com a Rússia por seu confronto com a Ucrânia.
A anexação russa da província ucraniana da Crimeia em março desencadeou a pior crise nas relações entre Ocidente e Moscou desde a Guerra Fria.
A anexação foi seguida pelo surgimento de grupos pró-russos contra Kiev que colocaram a Ucrânia à beira da guerra civil.
am-al/jz/cn
"Se estas palavras foram realmente ditas, indubitavelmente não são dignas do futuro monarca britânico", declarou, em Mosocu, o porta-voz do ministério das Relações Exteriores russo, Alexandre Lukashevich.
"Solicitamos uma explicação oficial às autoridades britânicas", acrescentou.
Nem a Clarence House, a residência do herdeiro da Coroa, nem a chancelaria britânica responderam publicamente ao pedido de Moscou.
O vice-embaixador russo em Londres, Alexander Kramarenko, se reuniu com membros do Foreign Office, mas estes afirmaram que "não comentavam notícias sobre conversas privadas", informaram em um comunicado.
O príncipe Charles teria feito comentário delicado e polêmico durante uma visita ao Canadá, ao comparar as recentes ações do presidente Putin com as de Hitler.
O jornal britânico The Daily Mail afirmou nesta quarta-feira que várias testemunhas ouviram o príncipe fazer este comentário a Marienne Ferguson, de 78 anos, que fugiu dos nazistas aos 13 e perdeu sua família no Holocausto.
"Falei com ele sobre meus antecedentes familiares e sobre como cheguei ao Canadá", declarou Ferguson ao jornal.
"O príncipe depois disse: 'e agora Putin está fazendo quase o mesmo que Hitler'", acrescentou.
"Devo dizer que concordo com ele e estou certa de que muita gente também concorda (...) Fiquei muito surpresa com o fato de ele fazer este comentário, porque eles (a família real) não costumam dizer essas coisas, mas foi muito sincero e honesto", disse.
O herdeiro da Coroa conversou com Ferguson durante uma visita ao Museu Canadense da Imigração, em Halifax, Nova Escócia, em uma escala de sua viagem de quatro dias pelo Canadá junto a sua esposa Camila.
O príncipe Charles e sua mãe, a rainha Elizabeth II, se encontrarão com Putin na comemoração do Dia D da Segunda Guerra Mundial, em 6 de junho no norte da França.
As declarações do príncipe refletem a frustração ocidental com a Rússia por seu confronto com a Ucrânia.
A anexação russa da província ucraniana da Crimeia em março desencadeou a pior crise nas relações entre Ocidente e Moscou desde a Guerra Fria.
A anexação foi seguida pelo surgimento de grupos pró-russos contra Kiev que colocaram a Ucrânia à beira da guerra civil.
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