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Ex-rei da Bélgica considera pensão de R$ 2,8 milhões insuficiente, diz jornal

O rei Albert 2º assina termo de abdicação do trono em julho no palácio real, em Bruxelas - Thierry Charlier/AP - 21.jul.2013
O rei Albert 2º assina termo de abdicação do trono em julho no palácio real, em Bruxelas Imagem: Thierry Charlier/AP - 21.jul.2013

Em Bruxelas

07/11/2013 09h25

O ex-rei dos belgas Albert 2º considera insuficiente seu orçamento anual, que chega a 923.000 euros (R$ 2,8 milhões) desde sua abdicação em julho, e negocia discretamente para que alguns de seus gastos sejam assumidos pelo Estado, informa nesta quinta-feira (7) o jornal "Le Soir".

Durante os 20 anos de reinado, de agosto de 1993 a julho de 2013, Albert 2º recebia 11,5 milhões de euros anuais (R$ 35 milhões). Mas desde que deixou o trono para seu filho Philippe, no dia 21 de julho, recebe "apenas" 923.000 euros brutos, que se transformam em 700.000 euros (R$ 2,1 milhões) livres de impostos, afirma o jornal.

Albert 2º tem a seu serviço uma equipe de dez colaboradores, além de uma equipe de segurança, mas se queixa do valor que recebe, escreveu a especialista em monarquia belga do "Le Soir".

Segundo uma fonte anônima citada pelo jornal, o ex-monarca "diz que não foi tratado como esperava e que isso lhe cria dificuldades". O jornal lembra que a rainha Beatrix da Holanda, que também abdicou, obteve uma pensão de 1,4 milhão de euros (R$ 4,3 milhões) por ano.

Pessoas próximas ao ex-rei, pelo "desânimo do rei e por suas reclamações financeiras", tentam "encontrar soluções para aumentar indiretamente sua renda", acrescentou o jornal.

Entre as ideias estudadas figura o financiamento pelo Estado dos gastos do castelo de Belvedere, em Bruxelas, a residência de Albert 2º, ou que a Marinha de Guerra assuma os gastos de combustível de seu luxuoso iate, o Alpa, cujo valor está estimado em 4,6 milhões de euros (R$ 14 milhões) e que está registrado como uma embarcação militar.

Albert 2º teria levantado a questão com "alguns membros do governo", incluindo o primeiro-ministro Elio Di Rupo e vários vice-primeiros-ministros, explicaram diversas fontes ao jornal.

Até agora, as autoridades políticas não deram uma resposta e o "entusiasmo não deve ser muito grande" neste período de austeridade fiscal, afirma o jornal.

O Palácio Real não fez comentários sobre estas informações, mas também não as desmentiu, ressaltou o jornal.