Holandês é detido por desligar alto-falantes de templo em Mianmar
Yangon, 26 Set 2016 (AFP) - Um holandês, irritado pelo ruído das orações perto de seu hotel em Mianmar, desligou os alto-falantes, provocando a ira dos moradores e sua prisão por "insulto à religião", crime pelo qual pode ser detido por dois anos.
Na noite de sexta-feira, no momento do sermão budista do fim de semana transmitido por alto-falantes, o homem de 30 anos, de passagem em Mandalay, no centro de Mianmar, desconectou os cabos que unem o amplificador aos alto-falantes, explicou à AFP Kyi Soe, da polícia local.
"Posteriormente, a multidão o seguiu e encontrou o hotel onde se hospedava", acrescentou, ressaltando que estava detido em uma das prisões de Mandalay.
"É acusado de ter infringido a seção 295 do código penal relacionada aos insultos à religião", explicou Kyi Soe. O homem será apresentado a um juiz nos próximos dias.
Mianmar, de maioria budista, liderado por um governo civil após décadas de um regime dirigido por uma junta militar, se abriu recentemente aos investimentos estrangeiros e ao turismo.
Estas mudanças foram acompanhadas por uma expansão de um budismo radical. Em 2012 o país esteve marcado por distúrbios que deixaram 200 mortos, em sua maioria no oeste do país, onde vive uma importante comunidade muçulmana, principalmente os rohingas.
Os budistas radicais pedem o boicote de empresas muçulmanas para proteger o budismo, religião de mais de 90% da população.
Em julho um turista espanhol foi expulso do país por exibir em sua perna tatuada um buda, parte do corpo considerada impura para uma imagem religiosa.
Em 2015 um neozelandês e dois colegas birmaneses foram condenados a dois anos e meio de prisão com trabalhos forçados por insulto à religião depois de terem utilizado uma imagem de buda para fazer a publicidade de seu bar.
zaw-tib/dth/rap/pa.
Na noite de sexta-feira, no momento do sermão budista do fim de semana transmitido por alto-falantes, o homem de 30 anos, de passagem em Mandalay, no centro de Mianmar, desconectou os cabos que unem o amplificador aos alto-falantes, explicou à AFP Kyi Soe, da polícia local.
"Posteriormente, a multidão o seguiu e encontrou o hotel onde se hospedava", acrescentou, ressaltando que estava detido em uma das prisões de Mandalay.
"É acusado de ter infringido a seção 295 do código penal relacionada aos insultos à religião", explicou Kyi Soe. O homem será apresentado a um juiz nos próximos dias.
Mianmar, de maioria budista, liderado por um governo civil após décadas de um regime dirigido por uma junta militar, se abriu recentemente aos investimentos estrangeiros e ao turismo.
Estas mudanças foram acompanhadas por uma expansão de um budismo radical. Em 2012 o país esteve marcado por distúrbios que deixaram 200 mortos, em sua maioria no oeste do país, onde vive uma importante comunidade muçulmana, principalmente os rohingas.
Os budistas radicais pedem o boicote de empresas muçulmanas para proteger o budismo, religião de mais de 90% da população.
Em julho um turista espanhol foi expulso do país por exibir em sua perna tatuada um buda, parte do corpo considerada impura para uma imagem religiosa.
Em 2015 um neozelandês e dois colegas birmaneses foram condenados a dois anos e meio de prisão com trabalhos forçados por insulto à religião depois de terem utilizado uma imagem de buda para fazer a publicidade de seu bar.
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