Partido britânico Ukip tenta novamente substituir Nigel Farage
Londres, 25 Nov 2016 (AFP) - O partido eurofóbico britânico Ukip, que está afundado em uma crise sucessória e enfrenta uma investigação sobre a utilização de fundos europeus, conhecerá na segunda-feira o nome que substituirá seu líder Nigel Farage.
Há três candidatos para o posto: o ex-chefe adjunto Paul Nuttall, o favorito; a ex-vice-presidente Suzanne Evans; e John Rees-Evans, um soldado aposentado.
Nuttall disse ser o único capaz de "unir" um partido dividido por lutas internas desde que Farage decidiu soltar as rédeas do Ukip, após a vitória do Brexit no plebiscito de junho. Um triunfo que esta formação desempenhou um papel-chave.
Longe de pensar em aposentadoria, Farage encontrou uma nova vocação ao apoiar o republicano Donald Trump em sua conquista da Casa Branca. E parece ter se tornado o melhor amigo britânico do presidente americano eleito que, desdenhando os usos diplomáticos, declarou que seria "um excelente" embaixador nos Estados Unidos.
Farage levou com humor a declaração de Trump: esta semana, em uma festa organizada no hotel Ritz, recebeu seus convidados com uma bandeja de Ferrero Rocher, em referência a um famoso anúncio que falava dos bombons "nas recepções do embaixador".
Este ano foi de "uma grande revolução política", disse a seus convidados, em alusão à vitória do Brexit e à eleição de Trump.
Mas sua exuberância não consegue esconder a crise atravessada por seu partido que, distante de aproveitar o sucesso do plebiscito de 23 junho, se mostrou incapaz de gerir a era pós-Farage.
Ukip "ingovernável" sem FarageDiane James, eleita em setembro para substituir Farage, abandou o cargo menos de três semanas depois, por carecer, segundo ela, de pleno apoio de seus companheiros. Na segunda-feira anunciou que abandonava o partido, devido às relações "cada vez mais conflituosa" que mantinha com seus membros.
Steven Woolfe, que chegou a ser o favorito para a posição de Farage, também deixou o cargo em outubro, pouco depois de uma confusão com outro eurodeputado do Ukip nos corredores do Parlamento Europeu em Estrasburgo. Um incidente que o deixou hospitalizado.
"Cheguei à conclusão de que o Ukip é ingovernável sem Nigel Farage para dirigi-lo e a causa do plebiscito para uni-lo", explicou.
Após essas deserções, e as de Amjad Bashir e Janice Atkinson pouco antes, o Ukip passou de 24 para 20 eurodeputados.
O partido enfrenta, também, acusações sobre o suposto uso de fundos europeus para financiar suas campanhas para as legislativas de maio de 2015 e o plebiscito do Brexit.
O gabinete do Parlamento Europeu solicitou o reembolso de 421.000 euros, e a comissão eleitoral britânica acaba de anunciar a abertura de uma investigação sobre este caso.
Sob a liderança de Farage, o Ukip se tornou a terceira força política do Reino Unido, obtendo o voto de 3,8 milhões de eleitores (12,6%) nas últimas legislativas. Mas, apesar desse resultado, só conseguiu ter um deputado, Douglas Carswell.
O futuro líder, além de supervisionar o processo do Brexit, deverá conquistar novos eleitores.
Suzanne Evans, ex-jornalista da rádio BBC, assegurou que o Ukip terá que seduzir mais as mulheres e as minorias para alcançar seu objetivo.
mc-oaa/eg/dar/gm/ra/cb/mvv
Há três candidatos para o posto: o ex-chefe adjunto Paul Nuttall, o favorito; a ex-vice-presidente Suzanne Evans; e John Rees-Evans, um soldado aposentado.
Nuttall disse ser o único capaz de "unir" um partido dividido por lutas internas desde que Farage decidiu soltar as rédeas do Ukip, após a vitória do Brexit no plebiscito de junho. Um triunfo que esta formação desempenhou um papel-chave.
Longe de pensar em aposentadoria, Farage encontrou uma nova vocação ao apoiar o republicano Donald Trump em sua conquista da Casa Branca. E parece ter se tornado o melhor amigo britânico do presidente americano eleito que, desdenhando os usos diplomáticos, declarou que seria "um excelente" embaixador nos Estados Unidos.
Farage levou com humor a declaração de Trump: esta semana, em uma festa organizada no hotel Ritz, recebeu seus convidados com uma bandeja de Ferrero Rocher, em referência a um famoso anúncio que falava dos bombons "nas recepções do embaixador".
Este ano foi de "uma grande revolução política", disse a seus convidados, em alusão à vitória do Brexit e à eleição de Trump.
Mas sua exuberância não consegue esconder a crise atravessada por seu partido que, distante de aproveitar o sucesso do plebiscito de 23 junho, se mostrou incapaz de gerir a era pós-Farage.
Ukip "ingovernável" sem FarageDiane James, eleita em setembro para substituir Farage, abandou o cargo menos de três semanas depois, por carecer, segundo ela, de pleno apoio de seus companheiros. Na segunda-feira anunciou que abandonava o partido, devido às relações "cada vez mais conflituosa" que mantinha com seus membros.
Steven Woolfe, que chegou a ser o favorito para a posição de Farage, também deixou o cargo em outubro, pouco depois de uma confusão com outro eurodeputado do Ukip nos corredores do Parlamento Europeu em Estrasburgo. Um incidente que o deixou hospitalizado.
"Cheguei à conclusão de que o Ukip é ingovernável sem Nigel Farage para dirigi-lo e a causa do plebiscito para uni-lo", explicou.
Após essas deserções, e as de Amjad Bashir e Janice Atkinson pouco antes, o Ukip passou de 24 para 20 eurodeputados.
O partido enfrenta, também, acusações sobre o suposto uso de fundos europeus para financiar suas campanhas para as legislativas de maio de 2015 e o plebiscito do Brexit.
O gabinete do Parlamento Europeu solicitou o reembolso de 421.000 euros, e a comissão eleitoral britânica acaba de anunciar a abertura de uma investigação sobre este caso.
Sob a liderança de Farage, o Ukip se tornou a terceira força política do Reino Unido, obtendo o voto de 3,8 milhões de eleitores (12,6%) nas últimas legislativas. Mas, apesar desse resultado, só conseguiu ter um deputado, Douglas Carswell.
O futuro líder, além de supervisionar o processo do Brexit, deverá conquistar novos eleitores.
Suzanne Evans, ex-jornalista da rádio BBC, assegurou que o Ukip terá que seduzir mais as mulheres e as minorias para alcançar seu objetivo.
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