Moda de criar bichos exóticos como animais de estimação cresce na Austrália
Sydney, 21 dez 2016 (AFP) - James Bornstein é um dos muitos australianos que adotou a moda de ter animais exóticos como bichos de estimação, e mostra com orgulho seu dingo Kimba, uma espécie nativa de cão salvagem.
Para ele, ter esta subespécie de lobo em sua casa, em Sydney, é uma oportunidade de mudar a percepção que as pessoas costumam ter sobre este predador.
"Os dingos são tão inteligentes, queremos que as pessoas vejam isso e percebam que não são animais violentos, são como os cachorros comuns", disse à AFP.
Os dingos têm má fama na Austrália devido ao caso dramático de Azaria Chamberlain, um bebê de nove semanas que foi arrebatado por um destes animais em um acampamento no centro do país em 1980. O caso ganhou repercussão e foi transformado em filme.
Bornstein espera contribuir, assim, com a proteção dos dingos, cujo número está em queda devido à perda de seu habitat e ao cruzamento com os cães domésticos.
Sua visão é compartilhada por Ben Dessen, encarregado da área de répteis na loja Kellyville Pets, em Sydney, que teve sua primeira serpente aos seis anos.
"Agora há muitas crianças de seis anos que saem daqui com seu primeiro réptil. Espero que eles protejam estes animais e apreciem o quão maravilhosas são estas criaturas", disse.
Segundo a Associação Australiana de Veterinários, os animais exóticos "são cada vez mais populares" no país, onde milhões de pessoas possuem pássaros, peixes, pequenos mamíferos e répteis em suas casas.
Ernie Chan, um criador que chegou a ter até 130 répteis, diz que a redução do tamanho das casas e a urbanização leva os donos potenciais a escolherem animais de estimação menores e que requerem menos cuidados.
"Você não precisa levar uma cobra para passear", diz Chan. "Durante anos todo mundo teve cães e gatos, mas agora é o momento dos répteis se destacarem".
Brooke Winters é outra dona orgulhosa de um animal exótico, em um país famoso por seus coalas, cangurus e vombates.
"Eu cresci tendo Steve Irwin como ídolo, então basicamente tudo o que ele fazia eu queria imitar", contou Winters, gerente da loja Macarthur Pets, em Sidney.
Stephen Irwin, conhecido como "o caçador de crocodilos", foi um conservacionista mundialmente renomado e celebridade televisiva, cujo trabalho com animais perigosos ajudou a chamar a atenção para a vida selvagem no país.
"Sinto que as pessoas não apreciam o suficiente (os répteis) e os tratam de uma forma muito diferente só porque eles não têm pelo", acrescenta Winters.
Apesar da popularidade crescente desses bichos, existem leis estritas em toda a Austrália que estabelecem quais espécies exóticas podem ser mantidas como animais de estimação.
"Esses animais podem ter necessidades realmente especiais e, mesmo que tenham sido criados em cativeiro, eles são geralmente animais selvagens que vivem há muito tempo em ambientes específicos", afirma Jane Speechley, da Real Sociedade para a Prevenção da Crueldade com os Animais.
"Eles não necessariamente se adaptam muito bem como animais de companhia", explicou.
Para ele, ter esta subespécie de lobo em sua casa, em Sydney, é uma oportunidade de mudar a percepção que as pessoas costumam ter sobre este predador.
"Os dingos são tão inteligentes, queremos que as pessoas vejam isso e percebam que não são animais violentos, são como os cachorros comuns", disse à AFP.
Os dingos têm má fama na Austrália devido ao caso dramático de Azaria Chamberlain, um bebê de nove semanas que foi arrebatado por um destes animais em um acampamento no centro do país em 1980. O caso ganhou repercussão e foi transformado em filme.
Bornstein espera contribuir, assim, com a proteção dos dingos, cujo número está em queda devido à perda de seu habitat e ao cruzamento com os cães domésticos.
Sua visão é compartilhada por Ben Dessen, encarregado da área de répteis na loja Kellyville Pets, em Sydney, que teve sua primeira serpente aos seis anos.
"Agora há muitas crianças de seis anos que saem daqui com seu primeiro réptil. Espero que eles protejam estes animais e apreciem o quão maravilhosas são estas criaturas", disse.
Segundo a Associação Australiana de Veterinários, os animais exóticos "são cada vez mais populares" no país, onde milhões de pessoas possuem pássaros, peixes, pequenos mamíferos e répteis em suas casas.
Ernie Chan, um criador que chegou a ter até 130 répteis, diz que a redução do tamanho das casas e a urbanização leva os donos potenciais a escolherem animais de estimação menores e que requerem menos cuidados.
"Você não precisa levar uma cobra para passear", diz Chan. "Durante anos todo mundo teve cães e gatos, mas agora é o momento dos répteis se destacarem".
Brooke Winters é outra dona orgulhosa de um animal exótico, em um país famoso por seus coalas, cangurus e vombates.
"Eu cresci tendo Steve Irwin como ídolo, então basicamente tudo o que ele fazia eu queria imitar", contou Winters, gerente da loja Macarthur Pets, em Sidney.
Stephen Irwin, conhecido como "o caçador de crocodilos", foi um conservacionista mundialmente renomado e celebridade televisiva, cujo trabalho com animais perigosos ajudou a chamar a atenção para a vida selvagem no país.
"Sinto que as pessoas não apreciam o suficiente (os répteis) e os tratam de uma forma muito diferente só porque eles não têm pelo", acrescenta Winters.
Apesar da popularidade crescente desses bichos, existem leis estritas em toda a Austrália que estabelecem quais espécies exóticas podem ser mantidas como animais de estimação.
"Esses animais podem ter necessidades realmente especiais e, mesmo que tenham sido criados em cativeiro, eles são geralmente animais selvagens que vivem há muito tempo em ambientes específicos", afirma Jane Speechley, da Real Sociedade para a Prevenção da Crueldade com os Animais.
"Eles não necessariamente se adaptam muito bem como animais de companhia", explicou.
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