Topo

Casa Branca defende cortes que afetam estudantes carentes

Mick Mulvaney, durante entrevista a jornalistas para apresentar novas medidas - Saul Loeb/AFP Photo
Mick Mulvaney, durante entrevista a jornalistas para apresentar novas medidas Imagem: Saul Loeb/AFP Photo

Em Washington

17/03/2017 00h26

O chefe de orçamento do presidente Donald Trump defendeu nesta quinta-feira (16) a eliminação de verbas para programas extracurriculares, que apoiam principalmente estudantes carentes, alegando que "não há provas" sobre sua eficiência.

Os programas extracurriculares, "que supostamente ajudam crianças que não são alimentadas em casa para que rendam na escola (...), não provaram que estão conseguindo isso, ajudar as crianças na escola", disse Mick Mulvaney, diretor do Orçamento Federal, em coletiva na Casa Branca.

O projeto de orçamento de Trump para 2018 prevê o fim do programa 21st Century Community Learning Centers, que financia programas escolares antes e após as aulas, assim como nas férias.

O corte também privaria estudantes carentes --muitos que não recebem alimentação suficiente em casa-- de ter acesso ao programa de refeições gratuitas financiado por verbas federais.

Segundo a Afterschool Alliance --coalizão de grupos públicos e privados sem finalidade lucrativa que apoia os programas extracurriculares--, os cortes de Trump são "uma traição aos milhões de estudantes e pais que dependem dos programas extracurriculares e de verão".

De acordo com o projeto de Trump, o corte representará uma economia de 1,2 bilhão de dólares.

Mulvaney também justificou o corte envolvendo um programa que financia alimentação para idosos, afirmando que "não está dando resultados".

O grupo sem fins lucrativos Meals on Wheels declarou que ajuda 2,4 milhões de idosos que, "devido a suas limitações físicas ou motivos financeiros, têm dificuldades para comprar ou preparar comidas".