Procuradoria belga descarta vínculo entre homem procurado na Bélgica e atentado em Paris
A Procuradoria federal belga excluiu nesta sexta-feira qualquer ligação entre o homem comunicado na quinta-feira aos serviços franceses e o ataque na avenida Champs-Élysées em Paris, apesar da reivindicação do ataque parecer relacioná-lo com a Bélgica.
O homem assinalado às autoridades francesas, com domicílio em Antuérpia (norte da Bélgica), estava sendo procurado pela justiça belga "por um caso de tráfico de drogas", explicou à AFP um porta-voz da Procuradoria.
"Sua casa foi revistada, mas o homem não estava no local. Em seu computador, os investigadores descobriram que o mesmo realizou buscas para viajar para Paris no Thalys (trem de alta velocidade)", indicou.
Depois disso, as autoridades belgas "avisaram seus colegas franceses sobre este homem, envolvido em um caso de tráfico de drogas", informou a fonte.
Mas o indivíduo, ao ver sua identidade circular na quinta-feira à noite nas redes sociais, relacionando-o ao ataque em Paris em que um policial foi morto, decidiu comparecer a uma delegacia de polícia belga.
Durante o comparecimento, apresentou um álibi considerado confiável. "Estava no trabalho", explicou o porta-voz. "Excluímos qualquer ligação" com o ataque ao Champs-Élysées, cujo autor foi morto pela polícia, acrescentou.
De acordo com uma fonte francesa próxima à investigação do ataque em Paris, o homem apontado pela Bélgica, de 35 anos, foi apresentado como "muito perigoso". As autoridades belgas encontraram uma passagem de trem para a França com a data de 20 de abril, armas e máscaras de esqui, de acordo com a mesma fonte.
Os investigadores continuam a questionar a reivindicação do ataque pelo grupo Estado Islâmico (EI), que alegou ter sido cometido por um "Abu Yusef, o belga", enquanto o atacante morto era francês.
Há "duas hipóteses", segundo o porta-voz belga. Ou "existe em algum lugar algum Abu Yusef al Belgiki (o belga) -e nós tentamos identificá-lo - ou o EI se aproveitou o fato de que este belga estava na mídia para reivindicar o ataque", citando seu nome, acrescentou.
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