Em 50 anos, mobilidade social cai fortemente nos EUA, indica estudo
Miami, 24 Abr 2017 (AFP) - Em uma amostra do esvaziamento do "sonho americano", apenas metade das crianças nascidas em 1984 nos Estados Unidos conseguiram ter uma renda melhor do que a dos seus pais, contra 92% dos nascidos em 1940, apontou uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira.
A responsabilidade deste fenômeno recai em uma pior distribuição dos frutos do crescimento econômico, indicou o estudo, publicado na revista Science.
"A perspectiva de que os filhos ganhem mais do que seus pais diminuiu no último meio século", acrescentou o texto, chefiado por Raj Chetty, da Universidade de Stanford.
As famílias de classe média foram as mais afetadas.
Por haver poucos dados que vinculem diretamente as rendas de pais e filhos, os pesquisadores combinaram estatísticas do censo de população com registros de impostos, ajustados pela inflação e outras variáveis.
A queda mais aguda da renda dos filhos em relação a dos pais foi na área industrial do Meio Oeste, em estados como Indiana e Illinois, e a menor diferença foi em Massachusetts, Nova York e Montana.
"Na nossa opinião, um crescimento econômico mais forte é necessário mas não suficiente para restaurar essa mobilidade de renda", afirmaram os autores da pesquisa.
"A pesquisa sugere que, para aumentar a mobilidade, as autoridades deveriam se concentrar em aumentar a renda da classe média e dos setores menos favorecidos", consideraram.
O estudo recomenda facilitar o acesso à educação, fundamentalmente nas universidades públicas, aumentar o salário mínimo e as ajudas para que famílias pobres com crianças se mudem para bairros com melhores escolas, entre outras políticas públicas.
A responsabilidade deste fenômeno recai em uma pior distribuição dos frutos do crescimento econômico, indicou o estudo, publicado na revista Science.
"A perspectiva de que os filhos ganhem mais do que seus pais diminuiu no último meio século", acrescentou o texto, chefiado por Raj Chetty, da Universidade de Stanford.
As famílias de classe média foram as mais afetadas.
Por haver poucos dados que vinculem diretamente as rendas de pais e filhos, os pesquisadores combinaram estatísticas do censo de população com registros de impostos, ajustados pela inflação e outras variáveis.
A queda mais aguda da renda dos filhos em relação a dos pais foi na área industrial do Meio Oeste, em estados como Indiana e Illinois, e a menor diferença foi em Massachusetts, Nova York e Montana.
"Na nossa opinião, um crescimento econômico mais forte é necessário mas não suficiente para restaurar essa mobilidade de renda", afirmaram os autores da pesquisa.
"A pesquisa sugere que, para aumentar a mobilidade, as autoridades deveriam se concentrar em aumentar a renda da classe média e dos setores menos favorecidos", consideraram.
O estudo recomenda facilitar o acesso à educação, fundamentalmente nas universidades públicas, aumentar o salário mínimo e as ajudas para que famílias pobres com crianças se mudem para bairros com melhores escolas, entre outras políticas públicas.
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