Autoridade indonésias suspeitam que EI está por trás de ataques suicidas
Jacarta, 25 Mai 2017 (AFP) - A unidade de combate ao terrorismo da Indonésia investigava nesta quinta-feira dois atentados suicidas cometidos na quarta-feira perto de um terminal de ônibus em Jacarta em que três policiais foram mortos, um duplo ataque que as autoridades relacionam ao grupo Estado Islâmico (EI).
As forças de segurança realizavam buscas na ilha de Java, onde residiam os dois suicidas que detonaram suas bombas na quarta-feira à noite em frente ao terminal de Kampung Melayu, um bairro popular da capital.
As explosões causaram pânico, com pessoas fugindo para todos os lados. Os dois autores do atentado também morreram. Cinco policiais e cinco civis ficaram feridos.
Os investigadores acreditam que a polícia era o alvo.
As forças de segurança têm sido nos últimos anos o principal alvo dos extremistas islâmicos na Indonésia, país muçulmano mais populoso do mundo que está em alerta máximo após uma série de conspirações orquestradas por islamitas inspirados pelo EI.
Quando perguntado se havia uma ligação entre o EI e os autores do ataque mais recente, Setyono Awi, um porta-voz da polícia, respondeu: "Sim, há uma relação", sem entrar em detalhes.
O presidente indonésio, Joko Widodo, anunciou nesta quinta-feira em um discurso televisionado que ordenou uma investigação completa, convidando "todos os cidadãos em todo o país a manter a calma e permanecer unidos"
A polícia atribuiu a investigação à unidade antiterrorista, que desempenhou um papel-chave na perseguição e morte de alguns dos extremistas indonésios mais procurados.
"O esquadrão antiterrorista Densus 88 está investigando, queremos saber de onde vieram os homens-bomba e a qual grupo pertenciam", afirmou à AFP o porta-voz da Polícia Nacional, Setyo Wasisto.
O porta-voz se recusou a especular sobre os autores, mas confirmou que as bombas foram fabricadas utilizando panelas de pressão.
Durante as buscas na casa de um dos dois homens-bomba na cidade de Bandung a polícia encontrou documentos sobre o ensino do Islã e duas facas.
O homem, cuja identidade não foi revelada, era casado, tinha dois filhos e no passado vendeu ervas medicinais, segundo a polícia.
A casa do segundo suicida, em Cimahi, perto de Bandung, também foi revistada, e sua mãe e irmã ainda vivem no local, segundo a fonte.
Uma bomba semelhante às utilizadas na quarta-feira foi ativada em fevereiro num ataque em Bandung por um extremista da Jamaah Ansharut Daulah (JAD), um grupo que jurou fidelidade ao EI e que é acusado de estar por trás de uma série ataques recentes.
A Indonésia iniciou sua própria "guerra contra o terrorismo" após os atentados de Bali em 2002 (202 mortos, incluindo muitos estrangeiros). Desde então, as autoridades lançaram uma grande ofensiva contra os extremistas islâmicos e enfraqueceram as redes mais perigosas, segundo especialistas.
Mas o grupo Estado Islâmico conseguiu mobilizar recentemente os extremistas indonésios. Em janeiro de 2016, atentados suicidas e ataques armados em Jacarta mataram quatro civis. Os quatro agressores foram mortos no ataque reivindicado pelo EI, o primeiro desta escala na Indonésia desde 2009.
dsa-sr/ev/jac/gde/mr
As forças de segurança realizavam buscas na ilha de Java, onde residiam os dois suicidas que detonaram suas bombas na quarta-feira à noite em frente ao terminal de Kampung Melayu, um bairro popular da capital.
As explosões causaram pânico, com pessoas fugindo para todos os lados. Os dois autores do atentado também morreram. Cinco policiais e cinco civis ficaram feridos.
Os investigadores acreditam que a polícia era o alvo.
As forças de segurança têm sido nos últimos anos o principal alvo dos extremistas islâmicos na Indonésia, país muçulmano mais populoso do mundo que está em alerta máximo após uma série de conspirações orquestradas por islamitas inspirados pelo EI.
Quando perguntado se havia uma ligação entre o EI e os autores do ataque mais recente, Setyono Awi, um porta-voz da polícia, respondeu: "Sim, há uma relação", sem entrar em detalhes.
O presidente indonésio, Joko Widodo, anunciou nesta quinta-feira em um discurso televisionado que ordenou uma investigação completa, convidando "todos os cidadãos em todo o país a manter a calma e permanecer unidos"
A polícia atribuiu a investigação à unidade antiterrorista, que desempenhou um papel-chave na perseguição e morte de alguns dos extremistas indonésios mais procurados.
"O esquadrão antiterrorista Densus 88 está investigando, queremos saber de onde vieram os homens-bomba e a qual grupo pertenciam", afirmou à AFP o porta-voz da Polícia Nacional, Setyo Wasisto.
O porta-voz se recusou a especular sobre os autores, mas confirmou que as bombas foram fabricadas utilizando panelas de pressão.
Durante as buscas na casa de um dos dois homens-bomba na cidade de Bandung a polícia encontrou documentos sobre o ensino do Islã e duas facas.
O homem, cuja identidade não foi revelada, era casado, tinha dois filhos e no passado vendeu ervas medicinais, segundo a polícia.
A casa do segundo suicida, em Cimahi, perto de Bandung, também foi revistada, e sua mãe e irmã ainda vivem no local, segundo a fonte.
Uma bomba semelhante às utilizadas na quarta-feira foi ativada em fevereiro num ataque em Bandung por um extremista da Jamaah Ansharut Daulah (JAD), um grupo que jurou fidelidade ao EI e que é acusado de estar por trás de uma série ataques recentes.
A Indonésia iniciou sua própria "guerra contra o terrorismo" após os atentados de Bali em 2002 (202 mortos, incluindo muitos estrangeiros). Desde então, as autoridades lançaram uma grande ofensiva contra os extremistas islâmicos e enfraqueceram as redes mais perigosas, segundo especialistas.
Mas o grupo Estado Islâmico conseguiu mobilizar recentemente os extremistas indonésios. Em janeiro de 2016, atentados suicidas e ataques armados em Jacarta mataram quatro civis. Os quatro agressores foram mortos no ataque reivindicado pelo EI, o primeiro desta escala na Indonésia desde 2009.
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