Equipes retomam busca por corpos do naufrágio na Colômbia
Guatapé, Colômbia, 26 Jun 2017 (AFP) - Equipes de socorro colombianas retomaram nesta segunda-feira a busca dos corpos do naufrágio de uma embarcação turística com 170 passageiros a bordo na represa El Peñol-Guatepé, nordeste do país, que deixou ao menos sete mortos.
A Unidade Nacional para a Gestão de Riscos de Desastres (UNGRD) informou que há quatro desaparecidos e 154 pessoas resgatadas com vida, entre elas duas hospitalizadas em condição estável.
"Há duas pessoas em processo de verificação", ou seja, ainda não se sabe se estão desaparecidas ou com suas famílias, disse uma fonte da UNGRD à AFP.
"El Almirante", uma embarcação de quatro andares, naufragou rapidamente na tarde de domingo com 170 passageiros e três tripulantes na represa turística de Antioquia.
Uma das vítimas foi Marta Gómez. Sua filha, Viviana Guzmán, contou à AFP que sua mãe, de 69 anos, viajava junto a sua irmã Ângela e o sobrinho de 7 anos.
Ângela contou que o barco tinha poucos coletes salva-vidas e os que conseguiu colocou em sua mãe, seu filho e uma menina.
Quando estavam sendo resgatados, sua mãe se soltou de suas mãos, explicou Viviana, com a voz comovida e o rosto cansado depois de correr pelos hospitais da região.
Em uma homenagem às vítimas, os vizinhos de Guatepé depositaram flores ao pé da estátua "A Semeadora de Sonhos", nas margens do açude.
"É um tragédia para o mundo todo, então queremos que os moradores de Guatapé e todas as famílias que perderam um ente querido saibam que nós compartilhamos de sua dor", disse Marleny Ríos, una aldeã de 48 anos.
- Resgate difícil - As autoridades afirmam que a presença de algas na represa dificulta a visibilidade e as operações de busca na região, que tem entre 30m e 40m de profundidade.
Há suspeitas de que existem corpos presos no primeiro dos quatro níveis do navio "El Almirante", ao qual os mergulhadores ainda não tiveram acesso.
Cerca de 35 mergulhadores retomaram as buscas nesta segunda nas águas frias, profundas e escuras da represa, depois que a operação foi interrompida durante a noite por causa de tempestades elétricas.
O almirante Juan Francisco Herrera, encarregado da coordenação do resgate submarino, falou à Blu Radio de Bogotá que está prevista a chegada de mais cinco mergulhadores com 1,5 tonelada em equipamentos para fazer uma busca maior dentro da embarcação.
- Investigação -O Ministério Público vai solicitar às autoridades locais "um relatório de controle dos serviços de navegação em balsas, do uso de coletes salva-vidas e do limite de velocidade", indicou um comunicado da Procuradoria. A Marinha também investiga o acidente.
O vice-ministro dos Transporte, Alejandro Maya, disse à AFP que a empresa "HJ Vallejo y compañía Asobarcos Guatapé" é a dona da embarcação e está com sua licença de navegação em ordem.
"O que estamos estabelecendo através da investigação da Superintendência de Portos e Transporte é o uso de coletes salva-vidas, não apenas por parte da tripulação, como também dos passageiros", assinalou Maya, que afirmou que há queixas e denúncias pela falta desses elementos.
Se comprovado que "El Almirante" não tinha ferramentas de socorro, a empresa poderá ser punida com uma multa e a perda de sua licença de operação.
A prefeitura de Guatapé decretou três dias de luto pela tragédia.
A represa de El Peñol-Guatapé é um dos principais pontos turísticos do departamento. Muitos turistas foram ao local aproveitando o fim de semana prolongado, já que nesta segunda é feriado no Colômbia.
raa-val/spc/cn/mvv
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A Unidade Nacional para a Gestão de Riscos de Desastres (UNGRD) informou que há quatro desaparecidos e 154 pessoas resgatadas com vida, entre elas duas hospitalizadas em condição estável.
"Há duas pessoas em processo de verificação", ou seja, ainda não se sabe se estão desaparecidas ou com suas famílias, disse uma fonte da UNGRD à AFP.
"El Almirante", uma embarcação de quatro andares, naufragou rapidamente na tarde de domingo com 170 passageiros e três tripulantes na represa turística de Antioquia.
Uma das vítimas foi Marta Gómez. Sua filha, Viviana Guzmán, contou à AFP que sua mãe, de 69 anos, viajava junto a sua irmã Ângela e o sobrinho de 7 anos.
Ângela contou que o barco tinha poucos coletes salva-vidas e os que conseguiu colocou em sua mãe, seu filho e uma menina.
Quando estavam sendo resgatados, sua mãe se soltou de suas mãos, explicou Viviana, com a voz comovida e o rosto cansado depois de correr pelos hospitais da região.
Em uma homenagem às vítimas, os vizinhos de Guatepé depositaram flores ao pé da estátua "A Semeadora de Sonhos", nas margens do açude.
"É um tragédia para o mundo todo, então queremos que os moradores de Guatapé e todas as famílias que perderam um ente querido saibam que nós compartilhamos de sua dor", disse Marleny Ríos, una aldeã de 48 anos.
- Resgate difícil - As autoridades afirmam que a presença de algas na represa dificulta a visibilidade e as operações de busca na região, que tem entre 30m e 40m de profundidade.
Há suspeitas de que existem corpos presos no primeiro dos quatro níveis do navio "El Almirante", ao qual os mergulhadores ainda não tiveram acesso.
Cerca de 35 mergulhadores retomaram as buscas nesta segunda nas águas frias, profundas e escuras da represa, depois que a operação foi interrompida durante a noite por causa de tempestades elétricas.
O almirante Juan Francisco Herrera, encarregado da coordenação do resgate submarino, falou à Blu Radio de Bogotá que está prevista a chegada de mais cinco mergulhadores com 1,5 tonelada em equipamentos para fazer uma busca maior dentro da embarcação.
- Investigação -O Ministério Público vai solicitar às autoridades locais "um relatório de controle dos serviços de navegação em balsas, do uso de coletes salva-vidas e do limite de velocidade", indicou um comunicado da Procuradoria. A Marinha também investiga o acidente.
O vice-ministro dos Transporte, Alejandro Maya, disse à AFP que a empresa "HJ Vallejo y compañía Asobarcos Guatapé" é a dona da embarcação e está com sua licença de navegação em ordem.
"O que estamos estabelecendo através da investigação da Superintendência de Portos e Transporte é o uso de coletes salva-vidas, não apenas por parte da tripulação, como também dos passageiros", assinalou Maya, que afirmou que há queixas e denúncias pela falta desses elementos.
Se comprovado que "El Almirante" não tinha ferramentas de socorro, a empresa poderá ser punida com uma multa e a perda de sua licença de operação.
A prefeitura de Guatapé decretou três dias de luto pela tragédia.
A represa de El Peñol-Guatapé é um dos principais pontos turísticos do departamento. Muitos turistas foram ao local aproveitando o fim de semana prolongado, já que nesta segunda é feriado no Colômbia.
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