Maria causa danos à República Dominicana após arrasar Porto Rico
San Juan, 21 Set 2017 (AFP) - O furacão Maria percorria nesta quinta-feira o norte da República Dominicana, onde começou a causar danos apesar de ter sido rebaixado à categoria 3 na escala Saffir-Simpson, depois de deixar Porto Rico isolado, sem comunicação e energia elétrica.
Oscilando entre as categorias 4 e 5, Maria deixou até agora 18 mortos confirmados em sua brutal passagem pelo Caribe: dois em Guadalupe, 15 em Dominica e um em Porto Rico.
Em Porto Rico, Maria chegou na madrugada de quarta-feira com ventos de 250 km/h e deixou a ilha sem eletricidade, com as comunicações muito reduzidas, casas destruídas, vias obstruídas por árvores e escombros e inundações severas.
O presidente Donald Trump declarou Porto Rico, um território autônomo americano, como "Zona de Grande Desastre" a fim de liberar fundos ilimitados de ajuda federal para uma ilha que desde maio está falida.
O governador Ricardo Rosselló advertiu que "isso pode ficar pior".
"A parte que provoca mais mortes neste tipo de eventos é a chuva", explicou, já que a ilha ainda sofre com precipitações da cauda de Maria, embora seu olho já esteja quilômetros mar adentro.
"Antecipamos que isso seria o maior desastre em um século em Porto Rico e efetivamente foi assim", acrescentou Rosselló.
Durante a noite, dezenas de famílias foram resgatadas em Toa Baja, subúrbio da capital San Juan que inundou quando um lago transbordou.
Uma moradora desta municipalidade publicou um vídeo que viralizou, no qual vê-se a água chegar ao segundo andar de sua casa. "Estamos presos, que Deus cuide de nós. Não podemos fazer nada", diz a mulher sem se identificar.
Um homem faleceu na quarta-feira em Bayamón, após ser atingido por uma placa que saiu voando, confirmou à AFP Yennifer Álvarez, porta-voz da Casa de Governo.
- Ainda tenho água -Nesta quinta-feira as águas baixaram em Toa Baja, mas as casas estavam cheias de lama e os vizinhos começavam a limpar.
Uma jovem de 20 anos que não quis dar seu nome disse à AFP: "agora a água baixou, mas entrou na minha casa toda. Ainda tenho água em casa".
Ocean Park, uma zona turística de San Juan, estava completamente debaixo d'água pela manhã. Moradores no segundo andar de suas casas observavam a inundação, enquanto outros, em botes e caiaques, verificavam se seus vizinhos estavam bem.
Diversas lojas foram saqueadas e não se via muita presença policial, embora o governo tenha informado sobre cerca de 10 prisões.
"Não posso acreditar que depois de termos ajudado as pessoas de outras ilhas após o furacão Irma, agora tenhamos que lidar com roubos aqui", disse à AFP Alex García, um dos moradores da área que levava água para pessoas ilhadas.
O governo declarou toque de recolher noturno e estendeu a Lei Seca até sábado.
A prefeita de San Juan, Carmen Yulín Cruza, não conseguia segurar as lágrimas quando disse a um grupo de jornalistas na quarta-feira: "nossa vida como conhecíamos mudou".
- República Dominicana em alerta -Enquanto isso, na República Dominicana, o ciclone derrubava árvores e postes de energia, deixando 140.000 pessoas sem eletricidade.
No meio da tarde desta quinta, 140.000 pessoas estavam sem energia elétrica e mais de 1.200 casas sofreram danos. Também foram reportadas inundações, cheias dos rios e a derrubada de uma ponte.
Em seu boletim das 18h00 GMT (15h00 de Brasília), o Centro Nacional de Furacões colocava o Maria a 140 km a nordeste de Puerto Plaza com ventos de 195 km/h, e seguirá até o norte, em direção a Turcos e Caicos.
O governo da República Dominicana estava em alerta máximo e 14.028 pessoas foram evacuadas de forma preventiva. Quatro aeroportos internacionais estão fechados e apenas opera o que serve a Santo Domingo, capital.
Em Punta Cana, um balneário turístico a 200 km de Santo Domingo, alguns trabalhadores recolhiam postes, placas e latas de lixo em meio à chuva, depois de terem se salvado do pior da tempestade.
Cerca de 10.000 pessoas se encontravam em abrigos em diferentes locais do país.
- Desastre em Dominica -Após sua passagem pelas Antilhas Menores, o furacão também deixou dois mortos em Guadalupe e uma catástrofe em Dominica, uma pequena ilha do Caribe onde foram reportados 15 mortos até o momento.
"Até agora, enterramos pelo menos 15 pessoas", declarou o primeiro-ministro, Roosevelt Skerrit, à emissora de Antígua e Barbuda, um país vizinho. Há também cerca de 20 pessoas desaparecidas, disse.
Skerrit indicou que todas as localidades de Dominica, de 72.000 habitantes, foram impactadas. "Será um milagre se não tivermos outros mortos", afirmou.
A ilha foi atingida em 18 de setembro, quando Maria estava no máximo de sua potência, na categoria 5.
bur-lm/cd/cb/lr
Oscilando entre as categorias 4 e 5, Maria deixou até agora 18 mortos confirmados em sua brutal passagem pelo Caribe: dois em Guadalupe, 15 em Dominica e um em Porto Rico.
Em Porto Rico, Maria chegou na madrugada de quarta-feira com ventos de 250 km/h e deixou a ilha sem eletricidade, com as comunicações muito reduzidas, casas destruídas, vias obstruídas por árvores e escombros e inundações severas.
O presidente Donald Trump declarou Porto Rico, um território autônomo americano, como "Zona de Grande Desastre" a fim de liberar fundos ilimitados de ajuda federal para uma ilha que desde maio está falida.
O governador Ricardo Rosselló advertiu que "isso pode ficar pior".
"A parte que provoca mais mortes neste tipo de eventos é a chuva", explicou, já que a ilha ainda sofre com precipitações da cauda de Maria, embora seu olho já esteja quilômetros mar adentro.
"Antecipamos que isso seria o maior desastre em um século em Porto Rico e efetivamente foi assim", acrescentou Rosselló.
Durante a noite, dezenas de famílias foram resgatadas em Toa Baja, subúrbio da capital San Juan que inundou quando um lago transbordou.
Uma moradora desta municipalidade publicou um vídeo que viralizou, no qual vê-se a água chegar ao segundo andar de sua casa. "Estamos presos, que Deus cuide de nós. Não podemos fazer nada", diz a mulher sem se identificar.
Um homem faleceu na quarta-feira em Bayamón, após ser atingido por uma placa que saiu voando, confirmou à AFP Yennifer Álvarez, porta-voz da Casa de Governo.
- Ainda tenho água -Nesta quinta-feira as águas baixaram em Toa Baja, mas as casas estavam cheias de lama e os vizinhos começavam a limpar.
Uma jovem de 20 anos que não quis dar seu nome disse à AFP: "agora a água baixou, mas entrou na minha casa toda. Ainda tenho água em casa".
Ocean Park, uma zona turística de San Juan, estava completamente debaixo d'água pela manhã. Moradores no segundo andar de suas casas observavam a inundação, enquanto outros, em botes e caiaques, verificavam se seus vizinhos estavam bem.
Diversas lojas foram saqueadas e não se via muita presença policial, embora o governo tenha informado sobre cerca de 10 prisões.
"Não posso acreditar que depois de termos ajudado as pessoas de outras ilhas após o furacão Irma, agora tenhamos que lidar com roubos aqui", disse à AFP Alex García, um dos moradores da área que levava água para pessoas ilhadas.
O governo declarou toque de recolher noturno e estendeu a Lei Seca até sábado.
A prefeita de San Juan, Carmen Yulín Cruza, não conseguia segurar as lágrimas quando disse a um grupo de jornalistas na quarta-feira: "nossa vida como conhecíamos mudou".
- República Dominicana em alerta -Enquanto isso, na República Dominicana, o ciclone derrubava árvores e postes de energia, deixando 140.000 pessoas sem eletricidade.
No meio da tarde desta quinta, 140.000 pessoas estavam sem energia elétrica e mais de 1.200 casas sofreram danos. Também foram reportadas inundações, cheias dos rios e a derrubada de uma ponte.
Em seu boletim das 18h00 GMT (15h00 de Brasília), o Centro Nacional de Furacões colocava o Maria a 140 km a nordeste de Puerto Plaza com ventos de 195 km/h, e seguirá até o norte, em direção a Turcos e Caicos.
O governo da República Dominicana estava em alerta máximo e 14.028 pessoas foram evacuadas de forma preventiva. Quatro aeroportos internacionais estão fechados e apenas opera o que serve a Santo Domingo, capital.
Em Punta Cana, um balneário turístico a 200 km de Santo Domingo, alguns trabalhadores recolhiam postes, placas e latas de lixo em meio à chuva, depois de terem se salvado do pior da tempestade.
Cerca de 10.000 pessoas se encontravam em abrigos em diferentes locais do país.
- Desastre em Dominica -Após sua passagem pelas Antilhas Menores, o furacão também deixou dois mortos em Guadalupe e uma catástrofe em Dominica, uma pequena ilha do Caribe onde foram reportados 15 mortos até o momento.
"Até agora, enterramos pelo menos 15 pessoas", declarou o primeiro-ministro, Roosevelt Skerrit, à emissora de Antígua e Barbuda, um país vizinho. Há também cerca de 20 pessoas desaparecidas, disse.
Skerrit indicou que todas as localidades de Dominica, de 72.000 habitantes, foram impactadas. "Será um milagre se não tivermos outros mortos", afirmou.
A ilha foi atingida em 18 de setembro, quando Maria estava no máximo de sua potência, na categoria 5.
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