Milhares de manifestantes defendem unidade nacional na Espanha
Madri, 30 Set 2017 (AFP) - Milhares de pessoas com bandeiras da Espanha se manifestaram neste sábado (30) em diversas cidades do país em defesa da unidade nacional, na véspera de um referendo de autodeterminação convocado pelos separatistas da Catalunha, apesar da proibição da Justiça.
A mobilização a favor da unidade da Espanha teve um contraponto no País Basco (norte), região onde também existe um forte sentimento nacionalista. Em Bilbao, cerca de 40 mil pessoas, segundo a organização convocadora, Gure Esku Dago, foram às ruas defender a consulta, levando bandeiras separatistas catalãs.
"A voz do povo não pode ser vetada, não pode ser censurada, nem silenciada. É impossível. A democracia não pode ser bloqueada", escreveu a organização em sua conta no Twitter, referindo-se ao bloqueio dos colégios eleitorais ordenado pela Justiça na Catalunha.
Em Madri, os manifestantes se concentraram em frente à Prefeitura, na Plaza de Cibeles, no coração da capital, convocados por um coletivo conservador - a Fundação para a Defesa da Nação Espanhola (Denaes).
Em meio a uma onda de bandeiras nacionais, os manifestantes carregavam faixas com mensagens como "Catalunha é Espanha", "viva Espanha" e até "Prisão a Puigdemont", em referência ao presidente regional catalão, Carles Puigdemont.
"Não devíamos ter chegado a isto. Chegamos a um ponto sem volta", lamentou à AFP Fernando Cepeda, um engenheiro de 58 anos que foi à manifestação com uma camiseta na qual estava escrito um artigo da Constituição espanhola: "A soberania nacional reside no povo espanhol, do qual emanam os poderes do Estado".
Ao seu lado, Rafael Castillo, também engenheiro, mostrava-se crítico ao governo espanhol: "O Estado tem que fazer política, tem que convencer de que o melhor é ficarmos juntos, em vez de repetir o tempo todo que o referendo é ilegal. Mas na Espanha não há nenhum líder".
Já o professor de matemática Eduardo García, de 32 anos, acusou os nacionalistas catalães de terem instigado "os sentimentos mais baixos do povo", ao pedir a independência perto da crise econômica dos últimos anos.
"Isso tudo é muito triste", lamentou.
Em Barcelona, uma manifestação similar reuniu centenas de pessoas na praça Sant Jaume, onde ficam a Prefeitura e o palácio da Generalitat, órgão regional de governo da Catalunha.
Também houve concentrações pró-unidade da Espanha em Valhadolid, Santander, Sevilha, Málaga (sul), Córdoba (sul), Valência (leste), Palma de Mallorca (leste), Alicante (sudeste), Zaragoza (nordeste), entre outros locais.
Na Galícia (noroeste), foram convocadas manifestações em La Coruña e em Santiago de Compostela.
Nesta última cidade, aconteceu também uma marcha a favor do referendo de autodeterminação da Catalunha, na qual se viram bandeiras separatistas galegas e catalãs. Houve ainda pequenas concentrações a favor da consulta em Madri.
A mobilização a favor da unidade da Espanha teve um contraponto no País Basco (norte), região onde também existe um forte sentimento nacionalista. Em Bilbao, cerca de 40 mil pessoas, segundo a organização convocadora, Gure Esku Dago, foram às ruas defender a consulta, levando bandeiras separatistas catalãs.
"A voz do povo não pode ser vetada, não pode ser censurada, nem silenciada. É impossível. A democracia não pode ser bloqueada", escreveu a organização em sua conta no Twitter, referindo-se ao bloqueio dos colégios eleitorais ordenado pela Justiça na Catalunha.
Em Madri, os manifestantes se concentraram em frente à Prefeitura, na Plaza de Cibeles, no coração da capital, convocados por um coletivo conservador - a Fundação para a Defesa da Nação Espanhola (Denaes).
Em meio a uma onda de bandeiras nacionais, os manifestantes carregavam faixas com mensagens como "Catalunha é Espanha", "viva Espanha" e até "Prisão a Puigdemont", em referência ao presidente regional catalão, Carles Puigdemont.
"Não devíamos ter chegado a isto. Chegamos a um ponto sem volta", lamentou à AFP Fernando Cepeda, um engenheiro de 58 anos que foi à manifestação com uma camiseta na qual estava escrito um artigo da Constituição espanhola: "A soberania nacional reside no povo espanhol, do qual emanam os poderes do Estado".
Ao seu lado, Rafael Castillo, também engenheiro, mostrava-se crítico ao governo espanhol: "O Estado tem que fazer política, tem que convencer de que o melhor é ficarmos juntos, em vez de repetir o tempo todo que o referendo é ilegal. Mas na Espanha não há nenhum líder".
Já o professor de matemática Eduardo García, de 32 anos, acusou os nacionalistas catalães de terem instigado "os sentimentos mais baixos do povo", ao pedir a independência perto da crise econômica dos últimos anos.
"Isso tudo é muito triste", lamentou.
Em Barcelona, uma manifestação similar reuniu centenas de pessoas na praça Sant Jaume, onde ficam a Prefeitura e o palácio da Generalitat, órgão regional de governo da Catalunha.
Também houve concentrações pró-unidade da Espanha em Valhadolid, Santander, Sevilha, Málaga (sul), Córdoba (sul), Valência (leste), Palma de Mallorca (leste), Alicante (sudeste), Zaragoza (nordeste), entre outros locais.
Na Galícia (noroeste), foram convocadas manifestações em La Coruña e em Santiago de Compostela.
Nesta última cidade, aconteceu também uma marcha a favor do referendo de autodeterminação da Catalunha, na qual se viram bandeiras separatistas galegas e catalãs. Houve ainda pequenas concentrações a favor da consulta em Madri.
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