Rússia cria comissão para investigar relatos de 'incidente nuclear'
Moscou, 24 Nov 2017 (AFP) - Uma comissão científica russa vai investigar relatos de poluição radioativa quase 1.000 vezes acima dos níveis normais no sul dos Urais - informou a companhia nuclear estatal Rosatom nesta sexta-feira (24).
A medida chega apesar da negação da Rússia de que tenha ocorrido um acidente nuclear em suas instalações nucleares.
"Cientistas nucleares criaram uma comissão para descobrir a origem do rutênio-106", afirmou a Rosatom em um comunicado, também divulgado pelo Instituto de Segurança Nuclear do país.
A comissão contará com representantes de "organizações científicas russas e europeias", de acordo com o comunicado.
"A Rosatom oferecerá toda a assistência necessária a esta comissão e informará o público sobre os resultados", completou.
Na segunda-feira, meteorologistas russos disseram que uma estação perto da instalação nuclear de Mayak, na região de Chelyabinsk, detectou uma "poluição extremamente alta" do isótopo de rutênio-106 durante testes no final de setembro.
O isótopo radioativo é criado dividindo-se átomos em um reator, e não ocorre naturalmente.
Rosatom comentou anteriormente que "não houve incidentes" nas instalações de infraestrutura nuclear da Rússia e que a concentração detectada representava uma ameaça pequena.
A agência de regulação de produtos agrícolas Rosselkhoznadzor negou hoje uma "possível contaminação radioativa" de terras na área.
Localizada no sul dos Urais, a instalação de Mayak disse que a contaminação "não tem nada a ver" com suas atividades.
A instalação, que reprocessa combustível nuclear, garantiu que não produz Ru-106 há anos.
Mayak foi o local de um dos maiores desastres nucleares da história, quando um contêiner com resíduos radioativos explodiu em 1957, provocando a evacuação de quase 13 mil pessoas da área.
apo-ma/dcr/jm/js/db/tt
A medida chega apesar da negação da Rússia de que tenha ocorrido um acidente nuclear em suas instalações nucleares.
"Cientistas nucleares criaram uma comissão para descobrir a origem do rutênio-106", afirmou a Rosatom em um comunicado, também divulgado pelo Instituto de Segurança Nuclear do país.
A comissão contará com representantes de "organizações científicas russas e europeias", de acordo com o comunicado.
"A Rosatom oferecerá toda a assistência necessária a esta comissão e informará o público sobre os resultados", completou.
Na segunda-feira, meteorologistas russos disseram que uma estação perto da instalação nuclear de Mayak, na região de Chelyabinsk, detectou uma "poluição extremamente alta" do isótopo de rutênio-106 durante testes no final de setembro.
O isótopo radioativo é criado dividindo-se átomos em um reator, e não ocorre naturalmente.
Rosatom comentou anteriormente que "não houve incidentes" nas instalações de infraestrutura nuclear da Rússia e que a concentração detectada representava uma ameaça pequena.
A agência de regulação de produtos agrícolas Rosselkhoznadzor negou hoje uma "possível contaminação radioativa" de terras na área.
Localizada no sul dos Urais, a instalação de Mayak disse que a contaminação "não tem nada a ver" com suas atividades.
A instalação, que reprocessa combustível nuclear, garantiu que não produz Ru-106 há anos.
Mayak foi o local de um dos maiores desastres nucleares da história, quando um contêiner com resíduos radioativos explodiu em 1957, provocando a evacuação de quase 13 mil pessoas da área.
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