Ex-representante da Odebrecht vai cooperar com a Justiça no Peru
Lima, 28 Nov 2017 (AFP) - A Justiça peruana retirou, nesta terça-feira (28), as acusações contra o ex-representante da Odebrecht no Peru, Jorge Barata, após ele chegar a um acordo de cooperação com o Ministério Público em um caso de corrupção que envolve o ex-presidente Alejandro Toledo.
Barata, que está em liberdade no Brasil, mas em meio a um processo judicial, será considerado um "colaborador eficaz", um benefício pelo qual poderá revelar os nomes dos funcionários que a Odebrecht subornou no Peru. O empresário não será mais acusado de conluio.
"Estabelece-se a retirada de todas as medidas cautelares que pesam contra ele", disse o juiz Richard Concepción Carhuancho, durante a audiência na qual aceitou o pedido do promotor Hamilton Castro, que está investigando a Lava Jato no Peru.
A exclusão irá desativar uma série de medidas legais que afetavam Barata, como o congelamento de seus ativos imobiliários e poupanças por ordem judicial.
"É uma medida positiva, porque isso permitirá que ele colabore com a Justiça e responda às perguntas dos promotores que vão interrogá-lo no Brasil, para que ele possa contar tudo que sabe sobre o suborno no Peru", disse o deputado Mauricio Mulder à imprensa.
O juiz disse que o benefício obtido por Barata não significa que ele será afastado do processo, porque ele pode voltar a ser acusado se a colaboração não der certo.
O MP do Peru acusa o ex-presidente Alejandro Toledo (2001-2006) de ter recebido 20 milhões de dólares de Barata, representante da Odebrecht em Lima, para conceder a licitação para a construção da rodovia interoceânica, que liga o Peru ao Brasil.
O ex-presidente, de 70 anos, nega as acusações.
Um interrogatório de Barata pelos promotores peruanos é uma oportunidade única para desvendar a avalanche de rumores, acusações e especulações de outros pagamentos da construtora brasileira para presidentes e políticos peruanos.
Os casos mais notórios e alvos de investigação fiscal envolvem a ex-prefeita de Lima, Susana Villarán, que teria recebido 3 milhões de dólares de Barata para uma campanha contra sua destituição do cargo, em 2013.
Também são alvo o ex-presidente Ollanta Humala e sua mulher, agora em prisão preventiva, por supostamente ter recebido 3 milhões de dólares da Odebrecht para a campanha presidencial de 2011.
O líder da oposição, Keiko Fujimori, também está sob investigação do Ministério Público, que está averiguando se a Odebrecht fez contribuições para a campanha de 2011.
A empresa brasileira de construção, envolvida no escândalo da Lava Jato, admitiu que pagou cerca de 29 milhões de dólares em subornos no Peru para políticos e autoridades em troca de contratos.
Barata, que está em liberdade no Brasil, mas em meio a um processo judicial, será considerado um "colaborador eficaz", um benefício pelo qual poderá revelar os nomes dos funcionários que a Odebrecht subornou no Peru. O empresário não será mais acusado de conluio.
"Estabelece-se a retirada de todas as medidas cautelares que pesam contra ele", disse o juiz Richard Concepción Carhuancho, durante a audiência na qual aceitou o pedido do promotor Hamilton Castro, que está investigando a Lava Jato no Peru.
A exclusão irá desativar uma série de medidas legais que afetavam Barata, como o congelamento de seus ativos imobiliários e poupanças por ordem judicial.
"É uma medida positiva, porque isso permitirá que ele colabore com a Justiça e responda às perguntas dos promotores que vão interrogá-lo no Brasil, para que ele possa contar tudo que sabe sobre o suborno no Peru", disse o deputado Mauricio Mulder à imprensa.
O juiz disse que o benefício obtido por Barata não significa que ele será afastado do processo, porque ele pode voltar a ser acusado se a colaboração não der certo.
O MP do Peru acusa o ex-presidente Alejandro Toledo (2001-2006) de ter recebido 20 milhões de dólares de Barata, representante da Odebrecht em Lima, para conceder a licitação para a construção da rodovia interoceânica, que liga o Peru ao Brasil.
O ex-presidente, de 70 anos, nega as acusações.
Um interrogatório de Barata pelos promotores peruanos é uma oportunidade única para desvendar a avalanche de rumores, acusações e especulações de outros pagamentos da construtora brasileira para presidentes e políticos peruanos.
Os casos mais notórios e alvos de investigação fiscal envolvem a ex-prefeita de Lima, Susana Villarán, que teria recebido 3 milhões de dólares de Barata para uma campanha contra sua destituição do cargo, em 2013.
Também são alvo o ex-presidente Ollanta Humala e sua mulher, agora em prisão preventiva, por supostamente ter recebido 3 milhões de dólares da Odebrecht para a campanha presidencial de 2011.
O líder da oposição, Keiko Fujimori, também está sob investigação do Ministério Público, que está averiguando se a Odebrecht fez contribuições para a campanha de 2011.
A empresa brasileira de construção, envolvida no escândalo da Lava Jato, admitiu que pagou cerca de 29 milhões de dólares em subornos no Peru para políticos e autoridades em troca de contratos.
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