Coreias do Sul e Norte aceitam dialogar pela primeira vez em dois anos
Seul, 5 Jan 2018 (AFP) - A Coreia do Norte aceitou nesta sexta-feira a oferta de Seul para a realização de conversações na próxima semana, informou o ministério sul-coreano da Unificação, encarregado das relações com Pyongyang.
As conversações intercoreanas estavam interrompidas desde 2015.
"A Coreia do Norte nos enviou um fax esta manhã dizendo que aceita a proposta do Sul para conversações no dia 9 de janeiro", disse à AFP um funcionário do ministério.
"Iremos à Casa da Paz de Panmunjom em 9 de janeiro", afirmou, no fax, Ri Son-Gwon, chefe do Comitê norte-corano para a Reunificação Pacífica da Coreia.
A "Casa da Paz" é um prédio situado ao sul de Panmunjom, localidade da fronteira situada na Zona Desmilitarizada que divide a península coreana.
O porta-voz do Ministério da Unificação, Baek Tae-Hyun, declarou à imprensa que as negociações se concentrarão principalmente nos Jogos Olímpicos de Inverno de Pyeongchang, na Coreia do Sul, entre 9 e 25 de fevereiro, e na "questão da melhoria das relações intercoreanas".
O diálogo chega após dois anos de aumento da tensão na península, durante os quais a Coreia do Norte realizou três testes nucleares e multiplicou os lançamentos de mísseis.
A Coreia do Norte afirma ter alcançado seu objetivo militar de ser capaz de lançar um ataque nuclear contra o conjunto do território continental americano.
O líder norte-coreano, Kim Jong-Un, advertiu em seu discurso de Ano Novo que tem um botão nuclear em seu gabinete, mas ao mesmo tempo estendeu a mão ao sul, ao afirmar que Pyongyang poderá enviar sua equipe aos Jogos de Inverno.
Seul respondeu propondo a realização de discussões de alto nível em Panmunjom no dia 9 de janeiro, pela primeira vez em dois anos.
As duas Coreias restabeleceram posteriormente sua conexão telefônica, suspensa desde 2016.
Em outra demonstração de apaziguamento, os presidentes sul-coreano, Moon Jae-In, e americano, Donald Trump, concordaram em adiar os exercícios militares conjuntos previstos para após os Jogos de Inverno.
- Olimpíadas da Paz -Os temores de uma intensificação do conflito aumentaram no ano passado, quando Kim e Trump trocaram insultos pessoais e ameaças bélicas.
O presidente americano respondeu à mensagem de Ano Novo do colega norte-coreano dizendo, em um tuíte, que seu "botão nuclear era muito maior e mais poderoso", o que gerou alarme entre os analistas.
As preocupações em torno da Coreia do Norte ofuscaram os Jogos de Inverno, que Seul e os organizadores declararam as "Olimpíadas da Paz", ao pedir a Pyongyang que participasse, ao contrário do que se fez nos Jogos de Seul de 1988.
A tensão sempre aumenta durante os exercícios militares anuais, que Pyongyang considera uma preparação para a invasão e aos quais costuma responder com provocações. Tanto a Rússia como a China afirmam que esse treinamento aumenta a tensão na região.
O objetivo do adiamento dos exercícios é que "as forças dos Estados Unidos e da República da Coreia possam centrar-se na segurança dos Jogos", afirmou a Casa Branca em um comunicado.
O secretário de Defesa americano, Jim Mattis, insiste que o adiamento se deve mais a motivos práticos que políticos, fazendo referência à importância dos Jogos para a indústria do turismo na Coreia do Sul, mas assegurando que Washington não reduzirá sua pressão sobre Pyongyang em outros âmbito.s.
As conversações intercoreanas estavam interrompidas desde 2015.
"A Coreia do Norte nos enviou um fax esta manhã dizendo que aceita a proposta do Sul para conversações no dia 9 de janeiro", disse à AFP um funcionário do ministério.
"Iremos à Casa da Paz de Panmunjom em 9 de janeiro", afirmou, no fax, Ri Son-Gwon, chefe do Comitê norte-corano para a Reunificação Pacífica da Coreia.
A "Casa da Paz" é um prédio situado ao sul de Panmunjom, localidade da fronteira situada na Zona Desmilitarizada que divide a península coreana.
O porta-voz do Ministério da Unificação, Baek Tae-Hyun, declarou à imprensa que as negociações se concentrarão principalmente nos Jogos Olímpicos de Inverno de Pyeongchang, na Coreia do Sul, entre 9 e 25 de fevereiro, e na "questão da melhoria das relações intercoreanas".
O diálogo chega após dois anos de aumento da tensão na península, durante os quais a Coreia do Norte realizou três testes nucleares e multiplicou os lançamentos de mísseis.
A Coreia do Norte afirma ter alcançado seu objetivo militar de ser capaz de lançar um ataque nuclear contra o conjunto do território continental americano.
O líder norte-coreano, Kim Jong-Un, advertiu em seu discurso de Ano Novo que tem um botão nuclear em seu gabinete, mas ao mesmo tempo estendeu a mão ao sul, ao afirmar que Pyongyang poderá enviar sua equipe aos Jogos de Inverno.
Seul respondeu propondo a realização de discussões de alto nível em Panmunjom no dia 9 de janeiro, pela primeira vez em dois anos.
As duas Coreias restabeleceram posteriormente sua conexão telefônica, suspensa desde 2016.
Em outra demonstração de apaziguamento, os presidentes sul-coreano, Moon Jae-In, e americano, Donald Trump, concordaram em adiar os exercícios militares conjuntos previstos para após os Jogos de Inverno.
- Olimpíadas da Paz -Os temores de uma intensificação do conflito aumentaram no ano passado, quando Kim e Trump trocaram insultos pessoais e ameaças bélicas.
O presidente americano respondeu à mensagem de Ano Novo do colega norte-coreano dizendo, em um tuíte, que seu "botão nuclear era muito maior e mais poderoso", o que gerou alarme entre os analistas.
As preocupações em torno da Coreia do Norte ofuscaram os Jogos de Inverno, que Seul e os organizadores declararam as "Olimpíadas da Paz", ao pedir a Pyongyang que participasse, ao contrário do que se fez nos Jogos de Seul de 1988.
A tensão sempre aumenta durante os exercícios militares anuais, que Pyongyang considera uma preparação para a invasão e aos quais costuma responder com provocações. Tanto a Rússia como a China afirmam que esse treinamento aumenta a tensão na região.
O objetivo do adiamento dos exercícios é que "as forças dos Estados Unidos e da República da Coreia possam centrar-se na segurança dos Jogos", afirmou a Casa Branca em um comunicado.
O secretário de Defesa americano, Jim Mattis, insiste que o adiamento se deve mais a motivos práticos que políticos, fazendo referência à importância dos Jogos para a indústria do turismo na Coreia do Sul, mas assegurando que Washington não reduzirá sua pressão sobre Pyongyang em outros âmbito.s.
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