Turquia considera preocupante transferência da embaixada americana a Jerusalém
Istambul, 24 Fev 2018 (AFP) - A Turquia considerou neste sábado "extremamente preocupante" a decisão anunciada na sexta-feira pelo governo dos Estados Unidos de transferir em maio sua embaixada em Israel de Tel Aviv a Jerusalém, acusando a Washington de abalar as esperanças de paz.
"Em reação a esta decisão extremamente preocupante dos Estados Unidos, a Turquia continuará, ao lado da maioria da comunidade internacional, defendendo os direitos legítimos dos palestinos", afirmou o ministério turco das Relações Exteriores.
A decisão "ilustra a insistência (do governo dos Estados Unidos) em demolir as condições para a paz, pisando no direito internacional, nas resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre Jerusalém", acrescentou o ministério em um comunicado.
O presidente Donald Trump anunciou em dezembro a decisão de transferir para Jerusalém a embaixada americana em Israel. O Departamento de Estado afirmou na sexta-feira que a mudança acontecerá em maio, por ocasião do 70º aniversário da criação do Estado Israel.
Após o anúncio de dezembro, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, assumiu a liderança dos protestos muçulmanos e organizou uma reunião de cúpula em Istambul na qual a principal organização pan-islâmica internacional proclamou Jerusalém Oriental "capital do Estado palestino".
Jerusalém é uma das questões mais espinhosas do conflito entre palestinos e israelenses.
Os palestinos reivindicam Jerusalém Oriental, anexada por Israel, como a capital do Estado a que aspiram. As embaixadas estrangeiras em Israel ficam em Tel Aviv, e não em Jerusalém.
A crítica de Ancara acontece no momento em que as relações entre Estados Unidos e Turquia passam por um momento de tensão, sobretudo pelas divergências a respeito da Síria.
Além disso, Ancara mantém uma relação delicada com Israel. Embora tenham anunciado em 2016 um acordo de normalização das relações, a Turquia critica com regularidade a política israelense.
"Em reação a esta decisão extremamente preocupante dos Estados Unidos, a Turquia continuará, ao lado da maioria da comunidade internacional, defendendo os direitos legítimos dos palestinos", afirmou o ministério turco das Relações Exteriores.
A decisão "ilustra a insistência (do governo dos Estados Unidos) em demolir as condições para a paz, pisando no direito internacional, nas resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre Jerusalém", acrescentou o ministério em um comunicado.
O presidente Donald Trump anunciou em dezembro a decisão de transferir para Jerusalém a embaixada americana em Israel. O Departamento de Estado afirmou na sexta-feira que a mudança acontecerá em maio, por ocasião do 70º aniversário da criação do Estado Israel.
Após o anúncio de dezembro, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, assumiu a liderança dos protestos muçulmanos e organizou uma reunião de cúpula em Istambul na qual a principal organização pan-islâmica internacional proclamou Jerusalém Oriental "capital do Estado palestino".
Jerusalém é uma das questões mais espinhosas do conflito entre palestinos e israelenses.
Os palestinos reivindicam Jerusalém Oriental, anexada por Israel, como a capital do Estado a que aspiram. As embaixadas estrangeiras em Israel ficam em Tel Aviv, e não em Jerusalém.
A crítica de Ancara acontece no momento em que as relações entre Estados Unidos e Turquia passam por um momento de tensão, sobretudo pelas divergências a respeito da Síria.
Além disso, Ancara mantém uma relação delicada com Israel. Embora tenham anunciado em 2016 um acordo de normalização das relações, a Turquia critica com regularidade a política israelense.
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