Tailândia acabará en junho com a proibição da atividade política
Bangcoc, 30 Mar 2018 (AFP) - A Tailândia vai acabar no mês de junho com a proibição das atividades políticas, anunciou a junta militar que governa o país e que aplica restrições desde o golpe de Estado de 2014, mas que prometeu eleições para o início de 2019.
Desde maio de 2014 as reuniões com mais de cinco pessoas estão proibidas no país, o que impede o funcionamento normal dos partidos políticos. Não foi possível fazer campanha durante o referendo sobre a Constituição em 2016.
Mas a poucos meses das eleições, a pressão sobre a junta militar é cada vez maior.
"Está previsto acabar com a proibição em junho, o que permitirá aos novos partidos estar preparados", afirmou à AFP o porta-voz do ministério da Defesa, Kongcheep Tantravanich.
"Os grandes partidos tradicionais estão preparados, os mais recentes precisam de tempo e assim todos poderão começar ao mesmo tempo", completou.
A vida política tailandesa está dominada há quase 20 anos pelo partido Puea Thai, que venceu todas as eleições nacionais desde 2001.
Atualmente, o partido está enfraquecido com o exílio de seus líderes, Yingluck e Thaksin Shinawatra, para evitar processos que consideram ter motivações políticas.
Os dois reapareceram pela primeira vez em público desde o ano passado no lançamento de um livro de um ex-ministro japonês na quinta-feira em Tóquio.
Os militares temem o retorno ao poder da família Shinawatra, seu verdadeiro pesadelo.
Este é o motivo, segundo os analistas, do pouco entusiasmo dos militares para organizar eleições. Após o golpe de Estado de 2006, os Shinawatra retornaram ao poder quando o país organizou novas eleições.
Mas desta vez os militares adotaram medidas para evitar o que não desejam, pois a nova Constituição cria uma blindagem institucional: o Senado, com várias cadeiras reservadas par aos militares, será designado sem votação e terá controle sobre o Parlamento.
A Constituição também inclui um dispositivo que permite ao Parlamento nomear um primeiro-ministro não eleito, uma possibilidade que, segundo os analistas, interessaria ao chefe da junta militar, Prayut Chan-O-Cha.
ask-tib/dth/ra/fp
Desde maio de 2014 as reuniões com mais de cinco pessoas estão proibidas no país, o que impede o funcionamento normal dos partidos políticos. Não foi possível fazer campanha durante o referendo sobre a Constituição em 2016.
Mas a poucos meses das eleições, a pressão sobre a junta militar é cada vez maior.
"Está previsto acabar com a proibição em junho, o que permitirá aos novos partidos estar preparados", afirmou à AFP o porta-voz do ministério da Defesa, Kongcheep Tantravanich.
"Os grandes partidos tradicionais estão preparados, os mais recentes precisam de tempo e assim todos poderão começar ao mesmo tempo", completou.
A vida política tailandesa está dominada há quase 20 anos pelo partido Puea Thai, que venceu todas as eleições nacionais desde 2001.
Atualmente, o partido está enfraquecido com o exílio de seus líderes, Yingluck e Thaksin Shinawatra, para evitar processos que consideram ter motivações políticas.
Os dois reapareceram pela primeira vez em público desde o ano passado no lançamento de um livro de um ex-ministro japonês na quinta-feira em Tóquio.
Os militares temem o retorno ao poder da família Shinawatra, seu verdadeiro pesadelo.
Este é o motivo, segundo os analistas, do pouco entusiasmo dos militares para organizar eleições. Após o golpe de Estado de 2006, os Shinawatra retornaram ao poder quando o país organizou novas eleições.
Mas desta vez os militares adotaram medidas para evitar o que não desejam, pois a nova Constituição cria uma blindagem institucional: o Senado, com várias cadeiras reservadas par aos militares, será designado sem votação e terá controle sobre o Parlamento.
A Constituição também inclui um dispositivo que permite ao Parlamento nomear um primeiro-ministro não eleito, uma possibilidade que, segundo os analistas, interessaria ao chefe da junta militar, Prayut Chan-O-Cha.
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