Estudo aponta associação de família de medicamentos a um risco de demência
Paris, 26 Abr 2018 (AFP) - O uso de medicamentos anticolinérgicos, utilizados em casos de depressão ou incontinência urinária, está associado a um aumento do risco de demência, segundo pesquisadores britânicos, que insistem, no entanto, na impossibilidade de concluir uma relação de causa e efeito.
O estudo, publicado na revista médica BMJ, abrange mais de 300.000 pessoas no Reino Unido. E aponta que indivíduos com demência têm 30% mais chances de derem tomado medicamentos anticolinérgicos do que outros para tratar depressão, doença de Parkinson ou incontinência em um período de quatro a vinte anos antes do diagnóstico.
Embora o estudo mostre uma ligação entre os dois, "o que não sabemos ao certo é se o tratamento é a causa" da demência, segundo um dos autores do estudo, George Savva, da Universidade de East Anglia.
Esta ligação "também poderia ser explicada pelo fato de que esses tratamentos são prescritos para sintomas muito precoces indicando o aparecimento de demência", acrescenta.
Os autores do estudo acreditam que os médicos devem evitar prescrever medicamentos anticolinérgicos a longo prazo para pacientes mais velhos.
No entanto, pedem que os pacientes que fazem esses tratamentos não os interrompa por conta própria, sem falar com seu médico.
As drogas anticolinérgicas funcionam bloqueando os mecanismos necessários para os impulsos nervosos e são usadas para combater certos movimentos musculares involuntários, por exemplo, no caso de incontinência ou doença de Parkinson.
Alguns deles também podem ser indicados em casos de depressão, doença pulmonar crônica ou asma.
"Mais de 50 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de demência e estima-se que esse número possa subir para 132 milhões em 2050. É por isso que o desenvolvimento de uma estratégia para prevenir esse fenômeno é uma prioridade global", diz George Savva.
Em 2015, um estudo americano já havia estabelecido uma ligação entre o uso de drogas anticolinérgicas em altas doses ou a longo prazo e demência (em primeiro lugar, a doença de Alzheimer).
O estudo, publicado na revista médica BMJ, abrange mais de 300.000 pessoas no Reino Unido. E aponta que indivíduos com demência têm 30% mais chances de derem tomado medicamentos anticolinérgicos do que outros para tratar depressão, doença de Parkinson ou incontinência em um período de quatro a vinte anos antes do diagnóstico.
Embora o estudo mostre uma ligação entre os dois, "o que não sabemos ao certo é se o tratamento é a causa" da demência, segundo um dos autores do estudo, George Savva, da Universidade de East Anglia.
Esta ligação "também poderia ser explicada pelo fato de que esses tratamentos são prescritos para sintomas muito precoces indicando o aparecimento de demência", acrescenta.
Os autores do estudo acreditam que os médicos devem evitar prescrever medicamentos anticolinérgicos a longo prazo para pacientes mais velhos.
No entanto, pedem que os pacientes que fazem esses tratamentos não os interrompa por conta própria, sem falar com seu médico.
As drogas anticolinérgicas funcionam bloqueando os mecanismos necessários para os impulsos nervosos e são usadas para combater certos movimentos musculares involuntários, por exemplo, no caso de incontinência ou doença de Parkinson.
Alguns deles também podem ser indicados em casos de depressão, doença pulmonar crônica ou asma.
"Mais de 50 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de demência e estima-se que esse número possa subir para 132 milhões em 2050. É por isso que o desenvolvimento de uma estratégia para prevenir esse fenômeno é uma prioridade global", diz George Savva.
Em 2015, um estudo americano já havia estabelecido uma ligação entre o uso de drogas anticolinérgicas em altas doses ou a longo prazo e demência (em primeiro lugar, a doença de Alzheimer).
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