Israel lança dezenas de mísseis contra bases militares na Síria
Israel atacou ao amanhecer desta quinta-feira (10) bases militares e um depósito de armas na Síria, onde a defesa antiaérea afirma ter derrubado dezenas de mísseis, horas após um bombardeio de forças iranianas no território sírio contra posições do Exército hebreu nas colinas de Golã.
Segundo a agência oficial de notícias Sana, "dezenas de mísseis foram derrubados no céu sírio pelos sistemas de defesa antiaérea", mas alguns atingiram bases militares e um depósito de armas.
De acordo com a Sana, o ataque também visou unidades de defensa antiaérea e destruiu um radar.
Fortes explosões sacudiram ao amanhecer desta quinta-feira a região de Damasco, constatou a AFP.
A Sana destacou que os "mísseis israelenses foram interceptados pela defesa antiaérea e derrubados um após outro".
A TV estatal síria mostrou imagens "ao vivo" de disparos iluminando o céu de Damasco e de vários mísseis destruídos pelos sistemas antiaéreos.
O ataque israelense ocorreu após forças iranianas na Síria lançarem, na madrugada de quinta-feira, cerca de vinte projéteis e foguetes contra posições do Exército hebreu nas colinas de Golã.
Segundo um oficial israelense, o ataque iraniano ocorreu logo após a meia-noite (18h Brasília) a partir de posições na Síria das Brigadas Al-Qods contra as linhas do Exército hebreu em Golã.
Em resposta, "mísseis israelenses visaram posições do regime [sírio] e de seus aliados perto da cidade de Baas, no setor de Kuneitra", na parte não ocupada por Israel em Golã, revelou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), destacando que "por enquanto não há que lamentar vítimas".
"Aviões israelenses vasculharam paralelamente o espaço aéreo de Golã ocupada", acrescentou o OSDH.
Na noite de terça, bombardeios atribuídos a Israel apontaram contra um depósito de armas dos Guardiães da Revolução, o Exército de elite iraniano, no setor de Kiswé, ao sul de Damasco, segundo o OSDH.
O bombardeio noturno perto de Damasco matou 15 combatentes pró-regime estrangeiros, 8 dos quais iranianos, segundo a mesma fonte.
Os fatos ocorreram em um contexto de alta tensão entre Israel e Irã em torno do conflito na Síria, após várias operações atribuídas ao exército israelense contra interesses iranianos na Síria.
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