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Morre socorrista em caverna da Tailândia onde meninos estão presos

06/07/2018 01h32

Mae Sai, Tailândia, 6 Jul 2018 (AFP) - Um ex-membro da Marinha tailandesa morreu ao ficar sem oxigênio quando retornava de uma missão envolvendo os 12 meninos e seu técnico de futebol presos em uma caverna inundada na Tailândia, informou o vice-governador da província de Chiang Rai, Passakorn Boonyaluck.

"Após ter entregue uma reserva de oxigênio, ficou sem ar em seu retorno", declarou Boonyaluck.

"Perdeu a consciência no caminho de volta, seu companheiro de mergulho tentou ajudá-lo e carregá-lo", revelou o oficial da Marinha Apakorn Yookongkaew.

"Apesar de termos perdido um homem, seguimos com fé em nossa missão", declarou Apakorn Yookongkaew com a voz embargada.

As equipes de emergência examinam as opções para resgatar o grupo, preso há 12 dias na caverna, em meio ao risco de aumento do nível da água com a previsão de retorno das chuvas.

Os socorristas estão bombeando a água para fora da caverna para baixar seu nível e retirar o grupo sem que as crianças tenham que mergulhar ou que o façam no menor trecho possível.

No momento, um mergulhador experiente leva cinco horas para fazer o percurso entre o grupo e a saída da caverna, e muitos trechos incluem passagens estreitas e sob a água.

"Nossa maior preocupação é a meteorologia. Estamos em uma corrida contra o tempo, agora estamos em uma corrida contra a água", declarou mais cedo Narongsak Osotthakorn, governador de Chiang Rai, que comanda a célula de crise.

"Calculamos o tempo que nos resta em horas e em dia, no caso de a chuva voltar a invadir a caverna", explicou Osotthakorn.

Mas os socorristas evitam se pronunciar a favor de uma evacuação dos meninos através do mergulho.

"Seguimos considerando várias opções", declarou o general Chalongchai Caiyakam.

No momento, os socorristas dizem que preferem esperar a água baixar e manter o grupo na caverna até que possa ser retirado caminhando, ao menos pela maior parte do trajeto.

Para tal objetivo, os socorristas instalaram um amplo sistema de bombeamento da água, com a ajuda de engenheiros japoneses, e já retiraram da caverna um volume equivalente a mais de 50 piscinas olímpicas.

A morte do mergulhador reforça a preocupação com uma evacuação precipitada e, sem dúvida, representa um duro golpe no moral dos centenas de socorristas mobilizados, muitos estrangeiros.