Pesca excessiva e microplásticos, um desafio para o mundo, alerta FAO
Roma, 9 Jul 2018 (AFP) - A exploração excessiva dos recursos pesqueiros no mundo, assim como a poluição que os microplásticos estão causando no mar, estão entre os maiores desafios para o futuro do setor, segundo um informe divulgado nesta segunda-feira (9) em Roma pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).
"Até o ano 2030 a produção combinada da pesca de captura e da aquicultura alcançará 201 milhões de toneladas", calcula a FAO no relatório de 2018 sobre "O estado mundial da pesca e da aquicultura".
Esta produção corresponde a um aumento de 18% em relação ao nível atual, que é de 171 milhões de toneladas.
Este crescimento, que multiplicou o consumo de peixes em todos os continentes até chegar a 20,4 kg per capita em 2016, em comparação com pouco menos de 10 kg por habitante na década de 1960, requer medidas chaves para que seja sustentável.
"É preciso reduzir a porcentagem de populações de peixes capturados além da sustentabilidade biológica", alertou o diretor-geral da FAO, o brasileiro José Graziano da Silva.
A FAO alertou também sobre a necessidade de reduzir as perdas e o desperdício, frear a pesca ilegal assim como a poluição dos ambientes aquáticos e as mudanças climáticas.
Segundo o estudo, a quantidade de peixes capturados no meio natural estacionou a partir da década de 1990, e se manteve em grande medida estável desde então.
O mundo se alimenta em grande medida graças à produção da aquicultura, um setor que se expandiu rapidamente durante as décadas de 1980 e 1990.
Segundo as cifras mais recentes da entidade das Nações Unidas especializada, em 2016 a produção aquícola chegou a 80 milhões de toneladas, representando 53% de todo o peixe destinado ao consumo humano, sobretudo na África.
No entanto, 33,1% da pesca é realizada em níveis "biologicamente insustentáveis", o que os especialistas da FAO consideram "preocupante".
- Alarme pelos microplásticos no mar -Segundo o estudo, estão previstas mudanças "significativas" nos lugares ou países onde se pesca, em particular naqueles tropicais, devido a uma série de fatores.
"É provável que as capturas diminuam em muitas regiões tropicais dependentes da pesca e aumentem nas zonas temperadas do norte", explica a FAO, ao analisar os efeitos "preocupantes" das mudanças climáticas e da poluição.
"Deve-se prestar atenção a problemas como os restos dos aparelhos de pesca abandonados e a poluição que os microplásticos estão causando nos ecossistemas aquáticos", adverte a entidade.
"Deve-se dar prioridade às medidas preventivas que reduzam o lixo marinho e os microplásticos. Deve-se fazer esforços para atualizar os planos de reciclagem e de eliminação progressiva do plástico de uso único", instou a FAO.
O setor da pesca e aquicultura emprega 59,6 milhões de pessoas no mundo todo, das quais 14% são mulheres, enquanto o maior produtor e exportador de peixes é a China.
Os maiores consumidores são a União Europeia (UE), Estados Unidos e Japão.
"Até o ano 2030 a produção combinada da pesca de captura e da aquicultura alcançará 201 milhões de toneladas", calcula a FAO no relatório de 2018 sobre "O estado mundial da pesca e da aquicultura".
Esta produção corresponde a um aumento de 18% em relação ao nível atual, que é de 171 milhões de toneladas.
Este crescimento, que multiplicou o consumo de peixes em todos os continentes até chegar a 20,4 kg per capita em 2016, em comparação com pouco menos de 10 kg por habitante na década de 1960, requer medidas chaves para que seja sustentável.
"É preciso reduzir a porcentagem de populações de peixes capturados além da sustentabilidade biológica", alertou o diretor-geral da FAO, o brasileiro José Graziano da Silva.
A FAO alertou também sobre a necessidade de reduzir as perdas e o desperdício, frear a pesca ilegal assim como a poluição dos ambientes aquáticos e as mudanças climáticas.
Segundo o estudo, a quantidade de peixes capturados no meio natural estacionou a partir da década de 1990, e se manteve em grande medida estável desde então.
O mundo se alimenta em grande medida graças à produção da aquicultura, um setor que se expandiu rapidamente durante as décadas de 1980 e 1990.
Segundo as cifras mais recentes da entidade das Nações Unidas especializada, em 2016 a produção aquícola chegou a 80 milhões de toneladas, representando 53% de todo o peixe destinado ao consumo humano, sobretudo na África.
No entanto, 33,1% da pesca é realizada em níveis "biologicamente insustentáveis", o que os especialistas da FAO consideram "preocupante".
- Alarme pelos microplásticos no mar -Segundo o estudo, estão previstas mudanças "significativas" nos lugares ou países onde se pesca, em particular naqueles tropicais, devido a uma série de fatores.
"É provável que as capturas diminuam em muitas regiões tropicais dependentes da pesca e aumentem nas zonas temperadas do norte", explica a FAO, ao analisar os efeitos "preocupantes" das mudanças climáticas e da poluição.
"Deve-se prestar atenção a problemas como os restos dos aparelhos de pesca abandonados e a poluição que os microplásticos estão causando nos ecossistemas aquáticos", adverte a entidade.
"Deve-se dar prioridade às medidas preventivas que reduzam o lixo marinho e os microplásticos. Deve-se fazer esforços para atualizar os planos de reciclagem e de eliminação progressiva do plástico de uso único", instou a FAO.
O setor da pesca e aquicultura emprega 59,6 milhões de pessoas no mundo todo, das quais 14% são mulheres, enquanto o maior produtor e exportador de peixes é a China.
Os maiores consumidores são a União Europeia (UE), Estados Unidos e Japão.
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