Cientistas dos EUA e do Japão vencem o Nobel de Medicina por revolução no tratamento do câncer
O americano James P. Allison e o japonês Tasuku Honjo são os vencedores do Prêmio Nobel de Medicina em 2018 por seus trabalhos que revolucionaram o tratamento do câncer, anunciou nesta segunda-feira (1) o júri.
Os dois cientistas foram premiados "pela descoberta de uma terapia contra o câncer por meio da inibição da regulação imuno negativa", anunciou a Assembleia Nobel do Instituto Karolinska de Estocolmo.
A terapia inibe as proteínas geradas por algumas células imunológicas, assim como algumas células cancerígenas.
As proteínas podem evitar que as defesas naturais do corpo matem as células cancerígenas. O objetivo da terapia é permitir que o sistema imunológico atue mais rápido para combater o câncer.
"Sonhava com isso, mas não pensei que aconteceria. Me parecia demais", afirmou Allison, 70, à agência de notícias sueca TT.
Allison, professor da Universidade do Texas, e Honjo, professor da Universidade de Kyoto, foram premiados em 2014 por suas pesquisas com o prêmio Tang, considerado a versão asiática do Nobel.
Os dois dividirão o prêmio de US$ 1,01 milhão concedido aos vendedores.
O rei Carl XVI Gustaf da Suécia entregará o prêmio em uma cerimônia em Estocolmo em 10 de dezembro, data do aniversário da morte, em 1896 de Alfred Nobel, que registrou em seu testamento o desejo da criação do prêmio.
No ano passado, três geneticistas americanos foram premiados com o Nobel de Medicina por suas pesquisas sobre o relógio biológico, que ilustra a adaptação do corpo aos ciclos do dia e da noite, assim como os transtornos do sono.
Na terça-feira será anunciado o Nobel de Física, seguido pelo de Química na quarta-feira e de Economia na próxima segunda-feira.
Na sexta-feira será revelado em Oslo o vencedor do Nobel da Paz.
Pela primeira vez desde 1949, o anúncio do Nobel de Literatura será adiado por um ano pela Academia Sueca, que enfrenta um escândalo vinculado ao movimento #MeToo, com divisões internas e a renúncia de vários membros, o que impede o funcionamento normal da instituição.
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