Degelo na Groenlândia aumentou quatro vezes em 10 anos, aponta estudo
O degelo na Groelândia, que aumentou quatro vezes entre 2003 e 2013, já é visível em grandes zonas da imensa ilha ártica, advertiram cientistas nesta terça-feira (22). "Em 2003, 111 km³ de gelo desapareceram, e dez anos depois esse número é quatro vezes maior, e chega a 428 km3 por ano", indica em um comunicado o DTU Space Lab, do Instituto Técnico da Dinamarca.
Os pesquisadores participaram de um estudo sobre mudanças em massa de geleiras na Groenlândia, publicado pela Academia Americana de Ciências (PNAS), e notaram "mudanças profundas e surpreendentes no esquema de degelo", afirmou o diretor do DTU Space Lab, Shfaqat Abbas Khan, citado no comunicado.
Até agora, o derretimento ocorria apenas na calota de gelo, especialmente nas geleiras do noroeste e sudeste da Groenlândia. O novo estudo mostra que o gelo também tem derretido no sudoeste da ilha, e que esse degelo é acelerado pelo aumento das temperaturas do solo.
Este degelo é explicado pelo aumento das temperaturas terrestres e, em parte, pelo contato com a água do mar cada vez mais quente.
O derretimento da camada de gelo da Groenlândia explica parcialmente a elevação do nível dos oceanos.
Por outro lado, na Antártica o derretimento está mais rápido do que nunca e sua taxa pode causar um aumento desastroso neste nível nos próximos anos, alertaram os cientistas em um estudo publicado este mês.
Entre 1979 e 1990, a Antártida perdeu em média 40.000 milhões de toneladas de massa glacial por ano. De 2009 até 2017, a perda foi de 252 bilhões de toneladas por ano.
Variável, dependendo da região, a ascensão do nível do mar foi em média de cerca de 20 cm no século 20. Hoje, a água sobe em média 3,3 mm por ano, uma vez e meia a mais do que a média do século passado
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