Pompeo pressionará Conselho de Segurança da ONU para que reconheça Guaidó
Washington, 25 Jan 2019 (AFP) - O chefe da diplomacia americana, Mike Pompeo, pressionará os membros do Conselho de Segurança da ONU para que reconheçam Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela, informou o Departamento de Estado nesta sexta-feira (25).
Os Estados Unidos solicitaram para sábado uma sessão de emergência da mais alta instância das Nações Unidas, após apoiar a autoproclamação do líder opositor venezuelano e declarar "ilegítimo" o presidente Nicolás Maduro.
"O secretário Pompeo vai exortar os membros do Conselho de Segurança e da comunidade internacional a defender a paz e a segurança internacionais reconhecendo Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela, e solicitará apoio para o governo de transição em sua busca para restaurar a democracia e o mandato da lei", anunciou o Departamento de Estado em um comunicado.
Guaidó, presidente da Assembleia Nacional de maioria opositora, se comprometeu na quarta-feira, diante de uma multidão de partidários em Caracas, em cumprir a Constituição e liderar um governo de transição para organizar novas eleições e tirar do poder Nicolás Maduro, cujo segundo mandato, iniciado em 10 de janeiro, é considerado "ilegítimo".
Os Estados Unidos e uma dúzia de países da região reconheceram Guaidó, incluindo Argentina, Brasil, Canadá e Colômbia.
Mas nenhuma das outras cinco potências com poder de veto no Conselho de Segurança apoiou formalmente Guaidó.
Reino Unido e França declararam a reeleição de Maduro como ilegítima, mas não chegaram a reconhecer oficialmente Guaidó, um engenheiro de 35 anos, embora o ministro britânico das Relações Exteriores, Jeremy Hunt, tenha dito que ele "é a pessoa certa para conduzir a Venezuela em frente".
A Rússia apoiou seu aliado Maduro, e a China, o principal credor da Venezuela, expressou sua oposição a uma interferência externa.
O Conselho de Segurança da ONU é composto pelos cinco membros permanentes e 10 não permanente, que este ano são Alemanha, Bélgica, Costa do Marfim, Guiné Equatorial, Indonésia, Kuwait, Peru, Polônia, República Dominicana e África do Sul.
Em meio à ofensiva diplomática americana, o senador republicano Marco Rubio, muito envolvido na crise na Venezuela, disse que conversou com Guaidó por telefone.
"Acabo de ter uma conversa excelente com o presidente interino da #Venezuela @jguaido há poucos minutos. Expressei a ele que os Estados Unidos esperam ansiosamente trabalhar mais estreitamente com a sua administração até que a democracia seja restaurada", informou em um tuíte.
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