Denúncias de abusos sexuais nas Forças Armadas dos EUA aumentam
Washington, 2 Mai 2019 (AFP) - O secretário de Defesa interino, Patrick Shanahan, pediu nesta quinta-feira um maior rigor no combate aos abusos sexuais no Exército dos Estados Unidos, após o Pentágono publicar um relatório que revela uma alta em 2018 em relação aos anos anteriores.
Foram registradas 7.263 denúncias de abusos sexuais contra funcionários (homens e mulheres) do Departamento de Defesa, um crescimento de 13% no número de casos em relação a 2017.
Mas estima-se que o número real de abusos seja o triplo do informado, tendo em conta que apenas uma de cada três vítimas apresenta uma queixa formal.
"Está claro que as agressões e abusos sexuais são desafios persistentes", disse Shanahan.
"Para afirmar sem rodeios, não estamos cumprindo com as metas e expectativas que temos para nós mesmos ou para os demais. Isto é inaceitável", destacou.
O documento indica que não apenas o número, mas também a incidência de abusos sexuais aumentou em 2018, de acordo com um estudo realizado a cada dois anos.
Cerca de 6,2% das mulheres que trabalham no Departamento de Defesa já sofreram abusos ou contatos indesejados em 2018, contra 4,3% registrados dois anos antes, acrescenta o relatório.
Entre os homens, o nível foi mais baixo e seguiu relativamente estável, em 0,7% em 2018, contra 0,6% em 2016.
O problema é mais grave entre os Fuzileiros Navais: cerca de 10,7% das mulheres em serviço informaram terem sofrido agressões sexuais.
No conjunto das Forças Armadas, os abusos sexuais contra homens esteve entre 0,7% e 0,8%.
Shanahan disse que apoiava uma proposta para combater as agressões sexuais como delitos sob responsabilidade da Justiça Militar.
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