Relação de Trump com a Ucrânia provocou alerta antes de conversa com Zelensk
Ao menos quatro funcionários do setor de Segurança Nacional dos Estados Unidos apresentaram advertências internas a respeito da pressão da Casa Branca sobre a Ucrânia antes da controversa ligação telefônica entre Donald Trump e o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, informa o jornal Washington Post.
Os funcionários levaram suas preocupações ao assessor legal de Segurança Nacional, John Eisenberg, afirma o Post, que cita representantes americanos e outras pessoas que estão a par do caso.
A Câmara de Representantes, dominada pela oposição democrata, iniciou uma investigação de julgamento político para determinar em que medida o presidente americano pressionou Zelenski durante uma conversa telefônica em 25 de julho para que procurasse informações comprometedoras de seu potencial rival nas eleições de 2020, Joe Biden, e do filho do ex-vice-presidente americano, Hunter, que trabalhou para uma empresa de gás ucraniana.
De acordo com o jornal, os funcionários começaram a manifestar preocupação em maio, após a retirada da embaixadora americana na Ucrânia, Marie Yovanovitch.
As inquietações aumentaram com a ligação, na qual Trump solicitou a Zelenski que investigasse Biden com ajuda de seu advogado pessoal, Rudy Giuliani, e do procurador-geral, Bill Barr.
Altos funcionários da Casa Branca, incluindo o então conselheiro de Segurança Nacional John Bolton, receberam queixas sobre a ligação poucos minutos depois da conversa, indica o jornal.
Trump nega ter cometido qualquer erro e afirma que a conversa com Zelenski foi "perfeita".
A Casa Branca afirmou na terça-feira que não vai cooperar com a investigação da Câmara de Representantes, que considera "partidária e inconstitucional".
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