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Explosão deixa mais de 60 mortos em mesquita no Afeganistão

Homens levam ferido a hospital após explosão de bomba em Jalalabad, no Afeganistão - Parwiz/Reuters
Homens levam ferido a hospital após explosão de bomba em Jalalabad, no Afeganistão Imagem: Parwiz/Reuters

No Afeganistão

18/10/2019 11h35

Um ataque a uma mesquita no Afeganistão, realizado durante a oração, deixou 62 mortos e 33 feridos hoje, segundo um novo balanço das autoridades da província de Nangarhar (leste).

"O balanço do ataque contra a mesquita aumentou para 62 mortos e 33 feridos", disse um porta-voz do governador da província, Attaulá Jogyani.

O Talibã condenou o ataque, que atribuem às forças do governo ou ao grupo do Estado Islâmico.

Segundo Mubarez Attal, porta-voz da polícia, a explosão, que ocorreu na província de Nangarhar, na fronteira com o Paquistão, também deixou 40 feridos.

O porta-voz do governo regional, Attaulá Jogyani, acrescentou que os mortos eram em sua maioria jovens e estavam orando no momento da explosão.

Segundo Jogyani, os explosivos foram colocados no interior da mesquita e acionados à distância.

Este ataque acontece após a ONU publicar um novo relatório na quinta-feira com o número "sem precedentes" de civis mortos ou feridos no Afeganistão entre julho e setembro.

O relatório, que também observa a violência ao longo de 2019 até agora, enfatiza que "os afegãos foram expostos a níveis extremos de violência por muitos anos", apesar das promessas de todas as partes de "prevenir e mitigar os danos ao meio ambiente e aos civis".

O documento observa o preço que os civis têm que pagar, dada a crença generalizada de que nenhum partido poderá vencer a guerra no Afeganistão.

"As vítimas civis são totalmente inaceitáveis", disse o representante especial da ONU no Afeganistão, Tadamichi Yamamoto, acrescentando que o documento demonstra a importância das negociações que levem a um cessar-fogo e a um acordo político permanente.

Os números, 1.174 civis mortos e 3.139 feridos de 1º de julho a 30 de setembro, representam um aumento de 42% em relação ao mesmo período de 2018.