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Número de mortos em protestos no Chile aumenta para 15

Manifestantes protestam contra modelo econômico chileno, em Valparaíso, no Chile - Rodrigo Garrido/Reuters
Manifestantes protestam contra modelo econômico chileno, em Valparaíso, no Chile Imagem: Rodrigo Garrido/Reuters

Em Santiago

22/10/2019 10h08

O número de mortos nos protestos violentos que afetam o Chile subiu para 15, três a mais que no balanço oficial anterior, anunciou hoje o governo.

"Temos um total, a nível nacional, de 15 falecidos, 11 deles na região metropolitana (...) associados a incêndios e saques, principalmente de centros comerciais", afirmou o subsecretário do Interior, Rodrigo Ubilla, em uma entrevista coletiva.

Três pessoas que morreram em incidentes fora da capital foram vítimas de tiros, indicou Ubilla.

O presidente Sebastián Piñera tentará hoje encontrar uma saída para a explosão social que abala o Chile há cinco dias, com reuniões com os líderes dos partidos políticos, no momento em que os protestos podem ser ampliados com greves e novas mobilizações.

Abalado pela onda de violência mais grave registrada no Chile desde o retorno da democracia em 1990, o presidente, que no domingo afirmou que o país estava em guerra, mudou de tom.

"Vamos explorar e oxalá avançar para um acordo social que nos permita a todos, unidos, nos aproximarmos com rapidez, eficácia e também com responsabilidade em busca de melhores soluções para os problemas que afetam os chilenos", afirmou ontem.

Os protestos começaram na sexta-feira motivados pelo aumento do preço da passagem do metrô em Santiago - medida que o governo suspendeu -, mas rapidamente foram ampliados para um movimento maior, que apresenta outras demandas sociais.