Ex-policial da ditadura argentina é detido perto de Paris
O ex-policial argentino Mario Sandoval, reclamado pela justiça de seu país pelo desaparecimento de um estudante durante a ditadura, foi preso hoje em um subúrbio de Paris, informou o Ministério do Interior da França em comunicado.
"A extradição de Mario Sandoval para a Argentina é final e ocorrerá dentro de um período máximo de sete dias", acrescentou o ministério, horas depois que o Conselho de Estado, a mais alta jurisdição administrativa francesa, deu luz verde a sua extradição após uma batalha judicial de 8 anos.
O Conselho de Estado francês considerou que o decreto de extradição, assinado pelo governo francês em 21 de agosto de 2018, é legal e que Sandoval pode ter um "julgamento justo" na Argentina.
A Argentina reivindica desde 2012 essa extradição para que Sandoval possa responder à justiça pelo suposto sequestro e desaparecimento do estudante Hernán Abriata em outubro de 1976.
Sandoval, 66 anos, se exiloubna França em 1983 e obteve a nacionalidade francesa em 1997.
Hernán Abriata, estudante de arquitetura, foi levado para a Escola de Mecânica da Marinha (ESMA), um dos principais centros de tortura da ditadura argentina (1976-1983), de onde desapareceram cerca de 5 mil pessoas, muitas vezes lançadas de aviões no Rio da Prata.
Embora a Argentina suspeite que Mario Sandoval tenha participado de mais de 500 assassinatos, torturas e sequestros durante a ditadura militar, se baseou apenas no caso Abriata para solicitar extradição, porque há uma dúzia de testemunhos a respeito.
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