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Chile amplia busca por avião desaparecido; familiares chegam a base militar

Força Aérea do Chile opera três aviões C-130, modelo da aeronave que despareceu no dia 9de dezembro - Getty Images
Força Aérea do Chile opera três aviões C-130, modelo da aeronave que despareceu no dia 9de dezembro Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

11/12/2019 13h53Atualizada em 11/12/2019 19h30

As Forças Armadas do Chile anunciaram nesta quarta-feira que foi ampliada a operação de buscas pelo avião de carga que desapareceu faz dois dias durante viagem para a Antártida, com 38 pessoas a bordo. Hoje, um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) chegou para auxiliar as operações.

Como os trabalhos de resgate não conseguiram nenhuma pista sobre a localização da aeronave Hercules C-130, o número de equipes foi aumentado, assim com mais aviões e embarcações.

As famílias da tripulação e passageiros viajaram em avião da Força Armada do Chile, de Santiago para Punta Arenas, para acompanhar de perto como estão sendo feitas as buscas. Um vídeo da chegada dos parentes ao local foi divulgado pelo órgão.

O avião desaparecido levantou voo na segunda-feira às 16h55 (local e de Brasília), saindo da Base Aérea Chabunco de Punta Arenas, no sul do Chile, e tinha como local de pouso a Base Eduardo Frei Montalva, aonde chegaria às 19h17, de acordo com a previsão.

O contato por rádio foi perdido às 18h13, quando a aeronave estava a 700 quilômetros de Punta Arenas e a 500 quilômetros da Antártida. A carga de combustível garantia autonomia para voar até às 0h40 desta terça-feira, que foi o horário em que foi considerado oficialmente como "acidentado".

A aeronave faria tarefas de manutenção na base Presidente Eduardo Frei Montalva, entre elas, um tratamento anticorrosivo nas instalações, além de revisão em um oleoduto flutuante que abastece o local de combustível.

Busca aérea

Na base aérea de Punta Arenas, a cerca de 3 mil quilômetros de Santiago, o general Eduardo Mosqueira, da Quarta Brigada Aérea do Chile, afirmou em entrevista coletiva que hoje as condições de visibilidade são excelentes, o que facilita o trabalho.

Ainda assim, explicou que foi decidida a ampliação da área de buscas e dos padrões, passando assim a cobrir 92 quilômetros ao redor do ponto em que se obteve o último sinal do avião.

"A área anterior em que fazíamos as buscas era circular. Agora, ampliamos porque os ventos mudam, assim como as marés. Na medida em que conseguimos mais meios aéreos, com maiores capacidades e velocidades vamos expandindo a área", explicou Mosqueira.

O general informou que a Força Aérea Chilena empregou 15 aeronaves, além de 285 pessoas, que a Marinha outras cinco, e 286 pessoas. Ainda há aviões do Uruguai e Argentina, além de navios da Marinha do Brasil, e acionamento de satélites de Estados Unidos, Israel e Peru.

Trabalho nas águas

O contra-almirante da Marinha do Chile Ronald Baasch, admitiu haver muitas dificuldades para atuar nas águas, devido a dificuldade para a navegação na Passagem de Drake, que é conhecida pelas drásticas condições climáticas.

"Identificaram quatro regiões e, os navios foram deslocados para o interior de cada um desses pontos", explicou.

Baasch indicou que a embarcação brasileira, que estava na Antártida, se dirigiu para o local para realizar buscas submarinas, graças a um sistema de sonar que tem instalado.

"Esses sonares têm capacidade de 4,5 mil metros de profundidade de buscas, com fidelidade de 3 mil metros para fotografias de alta resolução, por isso, estamos em condições de explorar as três dimensões", detalhou o contra-almirante.