Número de mortes da pandemia de coronavírus supera 5.000 no mundo
A pandemia do novo coronavírus deixou mais de 5.000 mortos em todo o mundo e o número de infectados continua aumentando, enquanto os governantes reagem de maneiras diferentes à crise, que obriga milhões de pessoas a permanecer em suas casas e a mudar radicalmente os hábitos para evitar o contágio.
Escolas, bares, museus e outros locais públicos permanecem fechados, as partidas de futebol e espetáculos artísticos foram adiados e até os funerais estão esvaziados. Milhões de pessoas cancelam viagens e limitam seus deslocamentos, enquanto os países buscam formas de blindagem.
Com mais de 134.000 pessoas infectadas e mais de 5.040 mortes, a pandemia de COVID-19 não conhece fronteiras nem barreiras sociais e a cada dia afeta novos países e territórios. Entre os infectados estão ministros, atores e atletas de elite.
"Esta é a crise de saúde mais grave em um século", resumiu o presidente francês Emmanuel Macron.
- Mudança no modo de vida -Na Espanha, segundo país da Europa mais afetado pela pandemia depois da Itália, as autoridades colocaram quatro localidades da região da Catalunha em quarentena e anunciaram o fechamento de escolas e universidades em todo o território.
O país tem 4.200 casos e 120 mortes, de acordo com as autoridades.
A epidemia mudou o modo de vida dos espanhóis, que passaram a evitar, por exemplo, o café no balcão dos bares.
Na Itália, com 1.016 mortos e 15.113 casos, Roma virou uma cidade fantasma. Todos os estabelecimentos comerciais, exceto os considerados essenciais, estão fechados e os habitantes permanecem em suas casas. As igrejas permanecerão fechadas até 3 de abril.
A França, com quase 3.000 infectados e 61 mortos, se unirá a partir de segunda-feira à lista de países que decidiram fechar todos os centros de ensino. Em um discurso, o presidente Emmanuel Macron anunciou medidas excepcionais, mas não suspendeu as eleições municipais de domingo.
Outros países europeus, como Eslováquia e República Tcheca, fecharam as fronteiras e proibiram a entrada de turistas de determinados países.
A comissária europeia de Assuntos Internos, Ylva Johansson, pediu aos países do continente medidas "coordenadas, operacionais, proporcionais e eficazes".
Na América Latina, países como Argentina, Chile, Colômbia, Venezuela ou Peru também decretaram o cancelamento de voos, quarentenas obrigatórias e restrições para os viajantes procedentes da Europa, China e outras zonas afetadas pela COVID-19. A região tem oficialmente três mortes e 270 casos da doença.
- Bolsas em alta -Depois da hecatombe de quinta-feira nas Bolsas, quando os mercados europeus registraram quedas de até 17%, os piores resultados em décadas, os mercados operavam em alta nesta sexta-feira.
A economia foi abalada pelo discurso do presidente Donald Trump, que proibiu temporariamente a entrada nos Estados Unidos de estrangeiros procedentes da Europa, assim como pelas medidas consideradas frágeis anunciadas pelo Banco Central Europeu (BCE), que não conseguiram injetar a calma necessária.
O medo de uma recessão é grande e vários países anunciaram medidas financeiras excepcionais para combater o choque.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, se comprometeu a adotar uma "flexibilidade máxima" nas regras orçamentárias e nas ajudas do Estado para auxiliar os países da União Europeia (UE).
- Uma conspiração? -Irritado com as menções ao "vírus chinês", um porta-voz do ministério das Relações Exteriores afirmou no Twitter que o novo coronavírus não procede necessariamente da China e pode ser fruto de um complô.
"É possível que o exército americano tenha sido o responsável por trazer a epidemia em Wuhan", escreveu Zhao Lijian.
"Estados Unidos devem ser transparentes! E devem publicar seus dados! Estados Unidos nos devem uma explicação", completou.
Na China, ponto zero da pandemia, o número de infectados está em queda. Nesta sexta-feira foram registrados apenas oito casos, a menor quantidade em apenas um dia desde o início da publicação das estatísticas em janeiro.
A vida volta pouco a pouco à normalidade no país, onde empresas e locais públicos são reabertos gradualmente.
Mas fora da China a expansão continua: nesta sexta-feira a Índia registrou a primeira morte e o primeiro caso foi revelado no leste da África.
A pandemia segue provocando uma série de cancelamentos ou adiamento no calendário esportivo.
O Grande Prêmio da Austrália de Fórmula 1, que aconteceria no fim de semana em Melbourne, foi cancelado. A chama olímpica dos Jogos de Tóquio foi acesa na quinta-feira em Olímpia, na Grécia, mas o revezamento foi interrompido nesta sexta-feira em Atenas em função do grande público. O grande evento do esporte mundial, previsto para julho, está na corda bamba.
Também nesta sexta-feira, o Nepal seguiu o exemplo da China e anunciou o fechamento do acesso ao Monte Everest.
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