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Mais de 70% dos habitantes da maior cidade da Amazônia peruana contraiu COVID-19

21/07/2020 18h17

Lima, 21 Jul 2020 (AFP) - Sete de cada 10 habitantes de Iquitos, a principal cidade amazônica do Peru, foram infectados com a COVID-19 desde que a pandemia chegou ao país em março. É o que informaram as autoridades sanitárias nesta terça-feira (21).

Os mais expostos foram os menores de 20 anos, segundo o Departamento de Saúde da Região de Loreto, que citou um estudo de prevalência de anticorpos feito com o suporte da Organização Pan-Americana de Saúde entre 13 e 18 de julho.

"Esses 71% da população que foram infectados nos proporcionam, de certa forma, um pouco de tranquilidade", disse o diretor de Saúde da região, Carlos Calampa, já que as pessoas desenvolveram anticorpos.

No entanto, as autoridades alertam que a epidemia ainda não foi superada em Iquitos. "Há uma parcela significativa da população suscetível a adoecer (aproximadamente 150 mil pessoas), portanto, pedimos que as medidas de prevenção continuem", afirmaram.

Iquitos estava no auge da epidemia em maio, quando seus hospitais entraram em colapso pela falta de oxigênio medicinal e os necrotérios não conseguiram acompanhar. Na região de Loreto, capital de Iquitos, 369 pessoas morreram de coronavírus, segundo o Ministério da Saúde. A cidade tem população de 465 mil habitantes.

Loreto, que faz fronteira com Brasil, Colômbia e Equador, é onde nasce o rio Amazonas. A região é a maior e menos populosa do Peru, mas uma das mais afetadas pelo vírus. Na selva peruana, quase não há estradas e o transporte é sobretudo fluvial, o que levou o governo a estabelecer pontes aéreas para fornecer ajuda na pandemia.

Com 33 milhões de habitantes, o Peru registra mais de 357 mil casos de COVID-19, atrás apenas do Brasil na América Latina. O país supera 13.300 mortes, a terceira maior letalidade pelo coronavírus na região, atrás de Brasil e México.

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