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Cristina Kirchner processa Google por aparecer como 'ladra' no site de buscas

Cristina Kirchner enfrenta acusações em nove processos em andamento desde que deixou o cargo, alguns por corrupção - AFP
Cristina Kirchner enfrenta acusações em nove processos em andamento desde que deixou o cargo, alguns por corrupção Imagem: AFP

Da AFP, em Buenos Aires

06/08/2020 14h58

A ex-presidente da Argentina e atual vice, Cristina Kirchner, processou o Google por difamação ao aparecer como "ladra da Nação Argentina" no site de buscas, segundo anunciou hoje em sua conta no Twitter.

"Hoje apresentei uma petição para solicitar uma perícia informática urgente contra o Google que servirá como evidência de um processo", informou ele.

O evento ocorreu em 17 de maio, quando o mecanismo de busca do Google retornou com uma resposta ao nome de Cristina Kirhchner que referia-se a ela como "Ladra da Nação", no espaço em que seu cargo deveria aparecer, segundo relatos da imprensa local.

"Quando mentiras e difamação são disparadas de plataformas em massa, sua circulação não tem limites, não pode ser interrompida e os danos que causam aos difamados podem ser incalculáveis", disse Kirchner, que presidiu a Argentina em dois mandatos sucessivos, entre 2007 e 2015.

"A ação judicial também pretende levantar uma questão complexa e profunda, recorrente na época:" Existe algum tipo de defesa para pessoas que são vítimas desse tipo de ação perpetradas por um gigante informático como o Google? ", ressaltou Kirchner.

Seus advogados solicitarão detalhes do horário em que a suposta publicação esteve ativa, número de visualizações e interações, se houver.

Na petição argumentou-se que "o alcance do Google no mundo é incomensurável, de modo que o dano que gerou desta vez é difícil de calcular sem os resultados da perícia".

A apresentação observou que a lenda em questão apareceu no próprio Google, "sem derivar de site de terceiros, mas sob sua única responsabilidade".

Kirchner, de 67 anos, enfrenta acusações em nove processos que estão em andamento desde que deixou o cargo, alguns por suposta corrupção.