Cristo Redentor reabre para o público no Rio de Janeiro
Rio de Janeiro, 15 Ago 2020 (AFP) - Um dos principais pontos turísticos do Rio de Janeiro e do mundo, o icônico Cristo Redentor, reabriu as portas ao público neste sábado (15), depois de permanecer cinco meses fechado devido à pandemia do novo coronavírus.
"A reabertura do Cristo simboliza a reabertura do Brasil ao turismo", disse o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, durante uma cerimônia no monumento.
Os visitantes terão que usar máscara, manter uma distância mínima de dois metros entre si e não poderão deitar no chão, algo habitual entre os que querem buscar o melhor ângulo para fotos diante da gigantesca estátua de braços abertos.
Localizado do morro do Corcovado (710 metros de altitude), no Parque Nacional da Tijuca, o santuário oferece uma vista panorâmica da cidade. O local suspendeu as visitas em março, quando foram impostas as medidas restritivas no estado para frear o contágio do vírus.
Durante esse tempo continuou funcionando como santuário religioso, com missas sem público e homenagens da Arquidiocese as vítimas da pandemia e aos profissionais da saúde.
Também abriram ao público neste sábado o bondinho do Pão de Açúcar, que oferece uma vista panorâmica de outro ponto da cidade, o AquaRio e a roda gigante Rio Star, atração na região da zona portuária inaugurada no ano passado.
A Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) calcula que nos últimos cinco meses o turismo brasileiro deixou de faturar 154 bilhões de reais, operando em apenas 14% de sua capacidade.
O estado do Rio de Janeiro, com 17 milhões de habitantes, acumula mais de 14.500 mortes e quase 190.000 contágios por coronavírus, segundo dados oficiais.
A capital, que iniciou em junho um processo gradual de reabertura econômica, registrou 33 mortes e 1.365 novos casos nas últimas 24 horas.
Sem perspectiva sobre quando estará disponível uma vacina contra o vírus, a Prefeitura anunciou que está desenvolvendo um novo formato para a tradicional festa de fim de ano, que normalmente atrai milhões de pessoas a praia de Copacabana para ver o show de fogos de artifício.
As autoridades pretendem dividir as celebrações em diversos pontos da cidade e fomentar shows com transmissões ao vivo, para evitar aglomerações.
O carnaval do Rio, com as escolas de samba e os populares megablocos, também corre o risco de ser cancelados pela pandemia.
Em todo o Brasil, o vírus já causou mais de 106.500 mortes e 3,2 milhões de contágios.
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