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China afirma que vacina contra covid-19 pode estar disponível à população em novembro

Pesquisador injeta candidata a vacina para Covid-19 em voluntário - Kai Pfaffenbach
Pesquisador injeta candidata a vacina para Covid-19 em voluntário Imagem: Kai Pfaffenbach

15/09/2020 09h13

A vacina contra a covid-19 desenvolvida na China pode estar pronta para aplicação em larga escala a partir de novembro, afirmou um alto funcionário do governo à imprensa estatal, enquanto se intensifica a corrida mundial para alcançar a fase final de testes clínicos.

Os cientistas chineses estão muito otimistas com os avanços - as empresas Sinovac Biotech e Sinopharm inclusive exibiram durante este mês as vacinas "candidatas" em um evento comercial em Pequim.

Representantes das empresas afirmaram à AFP que esperam a aprovação das vacinas após os testes da fase 3, até o fim do ano.

Ontem, o principal especialista em biossegurança do Centro Chinês para o Controle de Doenças afirmou ao canal estatal CCTV que uma vacina estaria disponível ao público em geral "por volta de novembro ou dezembro".

Wu Guizhen não explicou sobre qual vacina fazia referência, apenas que "de acordo com os resultados clínicos da fase 3, o atual progresso é muito rápido".

A especialista afirmou que foi vacinada em abril e que sentiu-se bem durante os últimos meses, sem especificar a vacina inoculada em seu corpo.

Atualmente há nove vacinas candidatas que estão sendo testadas em humanos em fase avançadas, mas recentemente algumas enfrentaram obstáculos: o grupo farmacêutico AstraZeneca e a Universidade de Oxford interromperam circunstancialmente os testes clínicos na semana passada, depois que uma voluntária apresentou um efeito colateral inexplicável.

Algumas vacinas candidatas chinesas foram oferecidas a trabalhadores essenciais no âmbito de um programa de emergência.

Um porta-voz da empresa Sinovac indicou à AFP no início do mês que dezenas de milhares de pessoas foram vacinadas de maneira voluntária, incluindo 90% de seus funcionários e parentes, neste caso entre 2.000 e 3.000 pessoas.

Em junho, o Exército chinês aprovou uma vacina para o uso em seus soldados, que foi desenvolvida por sua unidade de pesquisas e uma empresa de biotecnologia.