Manifestante atingida por tiro em ato contra golpe de Estado morre em Mianmar
![19.fev.2021 - Manifestante segura cartaz com foto de Mya Thwate Thwate Khaing que morreu após ser atingida por um tiro em ato contra golpe de Estado em Mianmar - Sai Aung Main/AFP](https://conteudo.imguol.com.br/c/noticias/95/2021/02/19/19fev2021---manifestante-segura-cartaz-com-foto-de-mya-thwate-thwate-khaing-que-morreu-apos-ser-atingida-por-um-tiro-em-ato-contra-golpe-de-estado-em-mianmar-1613727972554_v2_900x506.jpg)
A manifestante de 20 anos ferida por um tiro na semana passada nos protestos em Mianmar faleceu hoje e se tornou a primeira vítima da repressão dos generais, anunciou o hospital em que estava internada.
Mya Thwate Thwate Khaing foi atingida por um tiro na cabeça em 9 de fevereiro, durante uma manifestação contra o golpe de Estado em Naypyidaw, a capital administrativa de Mianmar.
Os confrontos explodiram quando as forças de segurança começaram a atirar balas de borracha contra os manifestantes. Os médicos do hospital afirmaram na ocasião à AFP que pelo menos duas pessoas ficaram gravemente feridas depois que foram atingidas por munição letal, uma delas a jovem falecida hoje.
"Confirmamos a morte às 11 horas desta manhã", declarou uma fonte médica à AFP. O corpo foi levado ao Instituto Médico Legal de Naypyidaw para ser examinado, pois "é um caso de injustiça".
"Vamos manter (a causa da morte) registrada e mandar uma cópia para as autoridades. Vamos buscar justiça e seguir adiante", acrescentou o médico, que pediu anonimato.
A fonte disse ainda que os funcionários do hospital enfrentaram uma grande pressão desde que Mya Thwate Thwate foi internada na Unidade de Terapita Intensiva.
"Alguns já deixaram o hospital por culpa da pressão", completou.
O porta-voz militar, agora vice-ministro da Informação, Zaw Min Tun, confirmou esta semana que Mya foi vítima de tiros e anunciou que as autoridades continuariam investigando o caso.
Mya se tornou um símbolo de resistência para os manifestantes, que pedem a libertação da ex-chefe do governo civil Aung San Suu Kyi, o fim da ditadura e a reforma da Constituição de 2008, muito favorável ao exército.
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